Nossa contemporaneidade vem recheada de novos sintomas, crises de pânico, o famoso Transtorno obsessivo compulsivo (TOC), depressão. Todos esses sintomas para a psicanálise dizem de um sujeito que tem sua subjetividade, sua maneira de existir dentro do corpo que habita. Muitas psicopatologias vêm nomeadas pela psiquiatria, e acabam generalizando os sintomas as pessoas como sendo sempre os mesmos, tirando a responsabilidade de cada sujeito.
Estamos na era da destituição da narrativa, ou seja, a fala vem perdendo espaço para o silêncio, a solidão de um mundo cheio de amigos virtuais, as relações são abstratas, pois não há contato físico e nem sentimentos sinceros, tudo acaba sendo muito superficial.
Com isso estamos constituindo seres humanos cada vez mais desamparados e sem construções de laços firmes nas relações. Essa fluidez nos relacionamentos, estão dando espaços para tanto sintomas que acometem o sujeito fazendo com que fiquem ainda mais sozinhos, por meio de uma angustia inominável que os transpassa.
O suporte que antes tínhamos de relações e de uma sociedade mais firme, acaba fazendo com que o sujeito frente a situações que precisa desse suporte interno, por exemplo, de situações de grandes perdas, ou de grandes frustrações acabam não dando conta psiquicamente, ficando então adoecidos e angustiados frente a esse vazio, que socialmente é tentado tapar a todo o momento com bens matérias, e discursos ilusórios.
A psicanálise então, implica o sujeito nesse sofrimento e da o suporte para enfrentar o vazio de uma maneira suportável, é através da fala que o sujeito pode contar sua história, e através dela se haver com ela, da sentido para aquilo que parece não ter sentido, o discurso cria condições para que ele possa subjetivar essa situação de vazio e desamparo.