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Mandaguari

Três empresas arrematam lotes em pregão da cannabis em Mandaguari

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Três empresas arrematam os lotes do edital da Prefeitura de Mandaguari para o fornecimento de produtos derivados de cannabis para pacientes cadastrados na Secretaria de Saúde.

O valor máximo estabelecido no edital era de R$ 1,6 milhão e encerrou com R$ 400 mil. Um deságio de 75%. As empresas vencedoras foram a Prati Donaduzzi e Cia Ltda, Indústria Química do Estado de Goiás S. A.  Iquego  e  Greencare Pharma Comércio Atacadista de Medicamentos e Cosméticos.

As empresas ainda precisam encaminhar a documentação para a posterior aprovação do Jurídico e homologação.  O contrato é de 12 meses para o fornecimento dos medicamentos. Inicialmente, pelo menos 30 pacientes cadastrados serão beneficiados.

Mandaguari foi pioneira no Brasil ao criar uma legislação que  facilita o acesso da população à medicamentos à base de Canabidiol (CBD) e Tetrahidrocanabidiol (THC), substâncias usadas no tratamento de doenças, síndromes e transtornos de saúde como o autismo.

Produção de cannabis em faculdade

Quem acompanha de perto toda a movimentação sobre a cannabis na cidade vizinha é Paulo Shudo, advogado da Associação Canábica Norte Paranaense (Acanpa). Entre as iniciativas da entidade uma seria firmar parceria com a Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari (Fafiman) para a produção do óleo derivado da cannabis.

Shudo acredita que podem ser investidos até R$ 500 mil provenientes do Ministério da Saúde para o cultivo indoor (com luz artificial) num dos pavilhões da instituição de ensino. “Mandaguari será uma cidade canábica”, prevê o advogado. “Pena que uma legislação semelhante não tenha avançado em Maringá. Os vereadores daqui temem perder votos ao defender a comercialização e o cultivo da cannabis”.

Ivan Moraes, reitor da Fafiman, tem participado das reuniões e já demonstrou interesse em participar do projeto de produção do óleo. “Temos estrutura física básica e alguns laboratórios já instalados, porém longe ainda das necessidades específicas que demandam investimentos”, explicou.

O reitor também lembra que a Fafifan é uma fundação municipal de direito público sem fins lucrativos. “Estamos no momento procurando entendimento de como podemos, perante a legislação, formar parceria com a associação para seguir nas etapas de viabilidade do projeto”.

Lei faz homenagem a menino morto

Em setembro, Shudo participou da ExpoCannabis Brasil, em São Paulo. Foi a maior feira da maconha já realizada no país. O evento atraiu mais de 25 mil pessoas em três dias. Cerca de 140 marcas de produtos ou serviços de maconha desembolsaram mais de R$ 3 milhões no aluguel de estandes.

A lei que regulamenta o acesso da população de Mandaguari a medicamentos à base de Canabidiol  foi aprovada em maio e ficou conhecida como “Lei Pedro Henrique”, um menino de 10 anos falecido em março de 2022.

Pedro sofria de autismo severo e fazia uso de medicamentos à base de Canabidiol e Tetrahidrocanabidiol. Faleceu após uma convulsão seguida de parada cardiorrespiratória. Sua morte comoveu Mandaguari . 

Fonte: Portifólio.com.br

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