Após acompanhar diligências policiais, o promotor de Justiça Eduardo Augusto Cabrini, do Ministério Público em Apucarana, concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (14) sobre o caso do desvio de merenda escolar e a prisão em flagrante do diretor de um colégio público e de uma pedagoga. Ambos foram presos na sexta-feira (11) à noite e autuados em flagrante pelo crime de peculato. Luiz De Faveri, de 44 anos, e a pedagoga Olívia Mayara Jorge, de 28 anos, foram liberados por volta das 22 horas de domingo (13), após cada um pagar fiança individual de 20 salários mínimos estabelecida pelo Judiciário. Somando-se as duas fianças, o valor chega a pouco mais de R$ 30 mil. Imagens de câmeras de segurança mostram cenas de quando a merenda era desviada do Colégio Estadual Antônio dos Três Reis de Oliveira, situado na zona norte da cidade. As imagens foram disponibilizadas hoje à tarde imprensa pela polícia.
De acordo com o promotor Eduardo Augusto Cabrini, a investigação continua. “A visita de hoje ao colégio foi só uma cautela. Queríamos, mais uma vez, comprovar se os produtos encontrados na creche seriam oriundos mesmo do colégio estadual. E de fato, foi materializado”, afirma. Ainda segundo o promotor, a materialização já havia ocorrido na sexta-feira com a identificação de uma barrinha de cereal, que constava “venda proibida”. “Nós fomos ao local verificar a quantidade de produtos que havia sido desviada”, revela.
Do último lote, entregue no último dia 5, foi feito o desvio de 8 pacotes de feijão, 122 barrinhas de cereais, 3 latas de milho verde, 1 pote de doce de leite de 2 litros, 1 pacote de alho triturado, macarrão a granel – que pela cor e textura – também foi identificado como sendo do lote, 5 pacotes de fubá, 1 pacote de sal e 1 caixa de chá mate. Apesar da constatação dos fatos, o promotor afirma que não irá pedir a prisão dos acusados novamente. “Vão responder em liberdade. A não ser que, durante o processo, se demonstre que eles estão dificultando a investigação”, esclarece.
Fonte: TNOnline
