Prestes a completar um ano da primeira pessoa diagnosticada com Covid-19, em Apucarana, dia 9 de abril, entrevistamos um empresário da cidade que venceu a doença e relembra momentos durante internação e recuperação.
Quase dois meses após receber alta médica, o empresário Ricardo Marx, de Apucarana, relembra momentos vividos durante o tratamento da Covid-19. Ele ficou internado no Hospital da Providência no dia 8 de fevereiro, onde permaneceu por 13 dias acamado e seguiu com a recuperação em casa por mais duas semanas. “Cheguei no hospital desmaiado e tendo convulsões”, recorda.
Ricardo acredita que a contaminação tenha ocorrido no dia 28 de janeiro, enquanto trabalhava. “Não sei ao certo quando foi, mas pelas contas foi neste dia. No dia 8 de fevereiro fui internado e por quase duas semanas fiquei sem levantar da cama, com diarreias constantes, sem condições de ir ao banheiro. No dia 19 de fevereiro, tive alta, mas só fui para casa para desocupar leito mesmo porque continuei o tratamento por lá com medicamentos via oral e no oxigênio”, conta.
Se recuperando após sessões de fisioterapia, o empresário afirma que a covid deixa muitas sequelas, não só física como emocional. “A doença causa perda de memória, por exemplo. Eu acabo esquecendo algumas coisinhas. Além disso, meu pulmão está fraco e quando faço muito esforço, me canso com facilidade. Perdi 13 quilos, mas já recuperei 3. Estou melhorando e voltando a trabalhar aos poucos, com muita responsabilidade”, esclarece
Ricardo diz que o pior já passou, mas ainda se tratando de sequelas, o assunto o preocupa. “Agora é a fase dos exames de rotina porque a gente não sabe o que pode acontecer com o corpo pós-covid. É preciso fazer check up e observar o coração, o pulmão, o fígado, que são os órgãos mais afetados pela doença”, comenta.
O empresário apucaranense ainda aproveita para curtir momentos com a família e valorizar mais momentos com quem ama. “A gente reflete muito e o psicológico muda demais. Metade da covid é psicológica. Fiquei muito sensível, chorando, emocionado. Mudou muito”, afirma.