Arapongas

Quase um século depois, “curador” de Arapongas ainda atrai fiéis; veja

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Uma história de fé que se mistura ao início da formação do município de Arapongas. Esta é a história de Antônio Pereira, que ficou conhecido como “curador”, e ao lado da esposa, Cristina Pereira, construiu um legado que perdura, através do relato de muitas curas milagrosas realizadas no período em que viveram e até hoje, décadas depois de suas mortes. 

Antônio e Cristina chegaram a Arapongas na década de 30, quando o território ainda era patrimônio pertencente a Londrina. A fama do casal se espalhou e, em 1948, com a ajuda da comunidade, uma capela foi erguida na propriedade onde eles viviam. O primeiro prefeito eleito de Arapongas, decidiu conhecer o local. Doutor Júlio Junqueira gostou do que viu, mandou abrir a estrada que leva até a capela e a batizou de ‘estrada do curador’, nome que leva até hoje. A pequena capela, também é chamada de ‘igreja do curador’, até os dias atuais.

 Igreja do Curador, em Arapongas
Foto por Aline Andrade

Segundo conta um dos netos do casal, Cláudio Donizete Garbelini, milhares de pessoas vinham até a propriedade da família, de diversas partes do país, em busca de cura e libertação.

A fama de meu avô por curar as pessoas o acompanhou por toda a vida. Ele e minha avó, receberam milhares de pessoas ao longo de suas vidas aqui no sítio. Minha avó faleceu cedo, antes de completar 50 anos, mas meu avô continuou atendendo até o fim da vida dele, em 1999. E eu o acompanhava desde os meus 05 anos de idade. Vi muita gente ser curada, entrando de um jeito e saindo de outro”, conta.

Claudio conta que no início da década de 50, muitas crianças foram curadas da paralisia infantil pelas mãos do avô, quando ainda não havia remédio para a doença. Ele se lembra da cura do filho de um médico da cidade.

Nessa época houve um surto da doença no Brasil. Esse médico lutou com a medicina enquanto pode, mas sentiu no coração de trazer o filho dele para o meu avô e o menino foi curado”, lembra.

Um dos espaços da capela é reservado apenas para guardar as fotos e lembranças deixadas em agradecimento pelas curas recebidas. São centenas de fotos, algumas delas quase centenárias, que representam pessoas e famílias que teriam recebido graças. E mesmo após a morte do casal, há muitas décadas, fiéis ainda procuram o túmulo deles no cemitério de Arapongas para deixar pedidos. A sepultura é a mais visitada da cidade em dia de Finados.

 Sepultura do casal no cemitério de Arapongas atrai fiéis
Foto por Aline Andrade

Em honra ao legado deixado pelos antepassados, alguns familiares mantêm viva a tradição do curador, abrindo a capela para visitantes todos os domingos e se reunindo para orações. A família ainda realiza um grande momento de fé, aberto para a comunidade, sempre no dia 12 de outubro.

No dia 12 de outubro, nos reunimos para rezar o terço para Nossa Senhora Aparecida. É um momento muito especial, prestigiado por centenas de pessoas, todos os anos. Precisamos manter acesa essa chama da fé que meus avós iniciaram aqui“, diz.

 Neto com a foto dos avós: é preciso manter a tradição
Foto por Aline Andrade

Segundo Garbelini, neste ano, a capela deve passar por uma restauração e a família pretende preparar o espaço para receber ainda mais fiéis em outubro.

Por isso, pedimos ajuda da comunidade para quem puder contribuir com material de construção, que entre em contato conosco. Não aceitamos dinheiro, mas qualquer tipo de material de construção será bem-vindo”, finalizou.

Informações: TNOnline – Por Aline Andrade.

“Agindo Deus, quem impedirá?” Is 43:13

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