O motorista, de 57 anos, que atropelou e provocou a morte de uma garota em Arapongas foi preso nesta segunda-feira (11), confirmou a Polícia Civil. O acidente aconteceu no dia 18/12/2021, por volta das 22h30, na Rua Tico-Tico do Campo, no Conjunto Monterrey. Beatriz Mendonça, de 12 anos estava com o pai Anderson Leal de Mendonça, que na época ficou gravemente ferido. A menina morreu no local.
Pai e filha voltavam de uma confraternização quando foram atropelados pelo suspeito. “A captura aconteceu nesta segunda-feira (11), em Arapongas. Após o atropelamento, o indivíduo fugiu do local sem prestar socorro. A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu as investigações e durante as diligências identificou o suspeito, que foi indiciado pelos crimes de homicídio doloso e omissão de socorro”, informou a polícia.
A família da menina Beatriz, logo após o acidente pediu por justiça. Relembre:
A família da menina Beatriz Vivian de Mendonça, de 12 anos, morta em um atropelamento em Arapongas, vai procurar a ajuda de advogados para entrar na justiça contra o motorista que causou o atropelamento. Beatriz e o pai foram atropelados quando voltavam a pé de uma confraternização na Rua Tico-Tico do Campo, próximo ao Condomínio Monterrey. Na última segunda-feira, 20, a justiça negou o pedido de prisão do motorista.
Andreia Cristina de Mendonça, é irmã de Anderson Leal de Mendonça, que foi atropelado junto com a filha. A tia da menina conta que a família está revoltada com a decisão da justiça e que deve contratar advogados e entrar na justiça para garantir que o responsável não fique impune.
“Acredito que a justiça não tenha estudado o caso direito, pois não é justo minha sobrinha ter pago com a vida e ele sair impune, espero que o juiz do caso volte atrás de sua decisão e de o que o autor do crime merece que é a prisão. Pois ninguém sabe a dor que estamos carregando, não é justo ele ficar a solta, sendo que já tem passagem na polícia por embriaguez. Acredito que ele possa cometer mais atrocidades como essa estando a solta”, desabafou a familiar.
Andreia disse que o irmão precisou ser hospitalizado, mas já recebeu alta e se recupera em casa. Ela conta que ele teve diversas lesões, mas a recuperação emocional é a mais difícil.
“Meu irmão saiu domingo do hospital, mas não conseguiu acompanhar o enterro. Ele quebrou costelas, lesionou o pulmão, sofreu lesão no ombro e está em recuperação, mas o processo emocional está muito difícil, ele está arrasado”, contou.
Andreia era madrinha de batismo de Beatriz. Ela conta que a sobrinha era uma criança alegre e amorosa.
“Tenho uma bebê de 1 ano e 9 meses que era o grude da Beatriz. Minha sobrinha era uma criança alegre, gostava muito de piscina, gostava de brincar e era muito vaidosa, cuidava muito do cabelo dela”, lembrou.
A investigação
De acordo com a Polícia Civil, PC, o pedido de prisão do suspeito de ter atropelado Beatriz, foi feito e acatado pelo Ministério Público do Paraná, mas rejeitado pela Justiça.
Ainda segundo a PC, as investigações identificaram que não há sinal de frenagem na pista e que o motorista estava na contramão quando atropelou a criança. Pai e filha caminhavam pela via, já que no local onde o atropelamento aconteceu, não tem calçada para pedestres.
O veículo usado no dia do atropelamento foi encontrado pela polícia após uma denúncia, na segunda-feira, 20, e passou por perícia. Segundo a polícia, as testemunhas confirmaram que o investigado estava embriagado, que ele sabia que ele tinha atropelado alguém e que queria fugir.
A Polícia Civil informou ainda que o suspeito já tem passagem por embriaguez ao volante e que chegou a ser preso pelo crime na época.
O atropelamento
Uma menina, de 12 anos, morreu após ser atropelada na noite deste sábado (18), em Arapongas. Beatriz Vivian de Mendonça estava acompanhada do pai Anderson Leal de Mendonça, que também ficou gravemente ferido. O acidente ocorreu por volta das 22h30, na Rua Tico-Tico do Campo, próximo ao Condomínio Monterrey.
Conforme a Polícia Militar (PM), o responsável pelo atropelamento não foi identificado e fugiu do local sem prestar socorros às vítimas. A equipe do Serviço de Atendimento Móvel (Samu) foi acionada e encaminhou o homem em estado grave para o Hospital do Norte Paranaense (Honpar).
Os profissionais do Samu, conforme a PM, ainda ficaram por 40 minutos tentando reanimar a menina, mas ela morreu no endereço onde ocorreu o atropelamento. De acordo com informações de conhecidos da família, o pai ainda não sabe do falecimento da filha.
Justiça nega pedido de prisão
A Polícia Civil de Arapongas informou nesta quarta-feira (22), que a Justiça negou o pedido de prisão do motorista, de 57 anos, que atropelou pai e filha no último sábado (18). Beatriz Vivian de Mendonça tinha apenas 12 anos e morreu no local do acidente, Rua Tico-Tico do Campo, próximo ao Condomínio Monterrey.
Anderson Leal de Mendonça, pai da criança, ficou gravemente ferido, foi socorrido, levado para o hospital e segue se recuperando em casa com a família. No dia do acidente, o motorista fugiu do local sem prestar socorro às vítimas.
Conforme a Polícia Civil, durante as investigações, testemunhas confirmaram que o motorista do Uno teria participado de uma festa no dia do acidente, e possivelmente estaria dirigindo embriagado no momento do atropelamento.
“A autoridade policial da Delegacia de Arapongas, diante das evidências e testemunhos colhidos, após o relatório concluso, encaminhou ao Judiciário um pedido de prisão do autor dos fatos, diante do grave crime de homicídio praticado. O pedido de prisão teve o parecer favorável do Ministério Público, mas após a apreciação do pedido por parte do Judiciário, a prisão foi negada”, informou a civil.
Informações: TNONline