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Pandemia retrai número de indenizações do seguro DPVAT no país, mas Paraná tem alta de 7,5% em mortes

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Por conta do isolamento social, adotado por conta da pandemia do coronavírus, o trânsito brasileiro deve apresentar números mais amigáveis em 2020. Um levantamento inédito com projeções de acidentes até o final de 2020, a Seguradora Líder prevê uma queda de 19% no número de ocorrências indenizadas pelo Seguro DPVAT em todo o país.  O Paraná, no entanto, aparece com um dos quatro estados brasileiros onde a projeção é de um crescimento no número de mortes no trânsito, com avanço de 7,5%.  Santa Catarina lidera esse grupo com projeção e 18,01% de crescimento no número de mortos em 2020, em comparação a 2019. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com 1,6% e 1,2%, respectivamente completam o grupo.

O estudo leva em consideração o período de isolamento social por conta da pandemia da Covid-19. A estimativa é que 229.646 vítimas recebam o benefício por acidentes ocorridos neste ano. No Paraná, este número deve ser de 13.363 vítimas, por morte, invalidez permanente e reembolso de despesas médicas.

Apesar da redução, o Brasil permanece registrando uma média de 30 mil mortes causadas por acidentes – 2.199 mortes no Paraná. O número está acima da meta firmada pela Década de Ação pela Segurança no Trânsito da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em 2011, quando a iniciativa foi lançada, morriam no trânsito 24 pessoas por 100 mil habitantes. Com o acordo, esperava-se que, até 2020, houvesse uma redução de 50% no número de mortes no trânsito brasileiro. No entanto, segundo a análise, a taxa ficará em 14 vítimas fatais por 100 mil habitantes.

Do total de ocorrências previstas pelo estudo até o final de dezembro, 143.842 estão relacionadas a coberturas por invalidez permanente, 56.408 a indenizações para despesas médicas e 29.396 a casos de morte. No Paraná, estes números são de 8.241 coberturas por invalidez permanente, 2.923 indenizações por despesas médicas e 2.199 por mortes.

Para chegar a esses números, a Seguradora Líder utilizou a base histórica de pagamentos do Seguro DPVAT e projetou a quantidade de acidentes que terão direito à indenização durante os anos de 2019 e 2020. Foi adotada uma metodologia estatística capaz de captar padrões, muito comum no mercado segurador.

Além disso, no levantamento, foi considerado o fato de que o beneficiário do Seguro DPVAT possui até três anos após o acidente para dar entrada no pedido de indenização. O estudo leva em consideração ainda variáveis como políticas públicas de prevenção e educação no trânsito.

Mapa e perfil das vítimas

As motocicletas seguirão sendo as responsáveis pela maior parte dos acidentes indenizados. A previsão é que 180.595 vítimas recebam o Seguro DPVAT por conta de ocorrências envolvendo motos, ou seja, 79% do total. Na média por 100 mil habitantes, das 14 mortes registradas por ano, sete são causadas pelo veículo.

Em 2020, a maior incidência de acidentes de trânsito será envolvendo vítimas do sexo masculino, mantendo o mesmo comportamento dos anos anteriores na base indenizatória do Seguro DPVAT. A faixa etária mais atingida no período será a de 25 a 34 anos, representando 27% do total das ocorrências, o que corresponderá a cerca de 61.602 acidentes que deverão ser indenizados. Os motoristas lideram o ranking das vítimas com participação em 144.225 das ocorrências, 62% do total. Os pedestres aparecem em segundo lugar (54.238 acidentes)

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