A Polícia Federal, (PF), com apoio da Receita Federal, cumpriu 10 mandados de busca e apreensão em Apucarana e região na manhã desta terça-feira (30). A ação visa ocombate a crimes de descaminho e organização criminosa.
Em Apucarana, foram cumpridos 6 mandados, em locais diferentes, e apreendidas mercadorias de origem estrangeira, tais como bebidas, eletrônicos, celulares, brinquedos, relógios, facas, entre outros, totalizando 107 volumes, que foram lacrados e encaminhados para o depósito da Receita Federal de Londrina.
A maior parte das mercadorias estava em um depósito no fundo de uma loja de colchões do grupo investigado. Agora, serão feitas investigações sobre a origem das mercadorias, visando verificar a regularidade de sua aquisição.
Em Arapongas, foram cumpridos 3 mandados de busca e não houve apreensão de mercadorias de origem estrangeira, somente documentos e mídias.
No total foram 10 mandados cumpridos, sendo 06 em Apucarana, 03 em Arapongas e 01 em Maringá, este último, que resultou apenas na apreensão de documentos e notebook.
Investigação
Conforme a PF, em um período de 2 anos, o grupo movimentou em torno de R$ 16 milhões de reais em vendas pela internet.
“A ação objetiva o combate ao crime de comércio de eletrônicos, material de informática e telefone s celulares pela internet, cujo principal investigado encontra-se estabelecido em Arapongas, anteriormente ele atuava em Maringá, mas em razão de uma ação fiscal e policial no ano de 2017, mudou sua sede para essa outra localidade. Num período de 2 anos, o grupo movimentou em vendas pela internet, o total de 16 milhões de reais. No interesse desse caso, foram cumpridos 4 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Londrina, sendo 3 em Arapongas e 1 em Maringá. Foram recolhidos somente documentos que serão analisados no inquérito policial”, explicou a assessoria da PF.
Em Apucarana, lojas de um mesmo comerciante foram fiscalizadas e diversos aparelhos eletrônicos de origem duvidosa foram apreendidos.
“Após receber informação do Ministério Público Estadual de Apucarana, quanto a existência dessas empresas, cujo dono seria, na realidade, um policial militar, mas que se utilizaria de seus familiares para o funcionamento da empresa, foi instaurado inquérito policial e houve a autorização judicial para buscas nos estabelecimentos comerciais, bem como na residência do policial. Os mandados são cumpridos com apoio da Receita Federal e da Corregedoria da Polícia Militar. Uma das empresas do grupo já foi alvo de uma operação no mês de março deste ano. As mercadorias apreendidas ficarão em depósito da Receita Federal, visando procedimento administrativo fiscal”, disse a PF.
A primeira operação aconteceu no dia 23/02/2021, na época a PF e Receita Federal apreenderam mais de R$1 milhão em mercadorias. A operação é denominada ‘Arapuca’, junção de Apucarana e Arapongas.
TNOnline