Dezenas de manifestantes realizam protestos no final desta terça-feira (03) em Apucarana e Arapongas para pedir a prisão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT). O protesto ocorre um dia antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir o futuro do político do petista, condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Nesta quarta-feira (04), a partir das 14 horas, os ministros do STF decidem se aceitam ou não pedido de habeas corpus de Lula. Se o Supremo votar contra o ex-presidente, ele poderá ser preso, já que foi condenado em segunda instância e, conforme o entendimento jurídico atual, a Justiça pode determinar a prisão antes mesmo de novo recurso na instância final.
Em Arapongas, os manifestantes se concentraram na Rua Jandaia, onde ocorre a Feira da Lua. Depois, saíram em carreata pelas principais ruas do centro.
“A manifestação é contra a corrupção e em prol de que seja mantida a prisão de Lula em segunda instância. Nossos legisladores não podem mudar as regras conforme o vento. A regra uma só para todos, e tem que ser cumprida. Isso serve de alerta sobre o risco que as instituições correm se não cumprirem as regras”, destaca o presidente do Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima), Irineu Munhoz. O Sima está ajudando a organizar o protesto.
Em Apucarana, a manifestação é realizada na Praça Rui Barbosa. Vários manifestantes com bandeiras do Brasil e camisas da Seleção participam do ato, pedindo a prisão de Lula.
De acordo com André Romagnolli, um dos organizadores do evento em Apucarana, além de exigir punição ao ex-presidente, o objetivo do ato público é esclarecer à população sobre o impacto do julgamento na política e na sociedade brasileira.
“Vejo muita desinformação na internet. Temos que esclarecer a repercussão do julgamento. A manifestação é para despertar a discussão para esclarecer à população, pois isso poderá abrir precedentes. O caso de Lula foi julgado em segunda instância e existem outras situações penalizadas pelo judiciário que vão abrir precedente. Por isso essa manifestação é para esclarecer que o impacto não é só politico-partidário mas terá outros desdobramentos na vida da sociedade brasileira”, analisa.