Um estudo mostra que nas mulheres os problemas ligados ao coração matam cerca de 16,13% delas, os acidentes vasculares cerebrais, 12,46%, e o câncer de mama, 2,46%.
Ou seja, a incidência de problemas cardíacos mata mais do que o próprio câncer de mama. Em 1960, para cada 9 homens com esses problemas – exceto o câncer de mama -, uma mulher era afetada.
O número cresceu por diversos motivos: estresse, alimentação inadequada, pressão arterial acima do recomendado, maior circunferência abdominal, envelhecimento da população e algo que está presente na vida de muitas mulheres, as variações hormonais e pílulas anticoncepcionais. Esse tipo de contraceptivo favorece a formação de coágulos, principalmente quando a paciente é fumante.
E, diferentemente do que muitos pensam, os sintomas de infarto não são apenas dor no peito que irradia para o braço, formigamento e suor. Falta de ar, arritmia e cansaço extremo são outros sinais que podem indicar um infarto e, por serem menos ligados à doença, confundem os pacientes e até médicos.
Sobre a campanha, que chama “Mulheres também infartam”, Viviana Guzzo Lemke, cardiologista intervencionista da SBHCI (Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista), coordenadora do grupo MINT, (Mulheres Intervencionistas) fala sobre a importância do diagnóstico precoce e de outras doenças que podem favorecer o problema.
“Esse problema é subdiagnosticado, principalmente nos dias de hoje, já que a Covid também pode provocar sintomas atípicos e atraso no início do tratamento por receio e procurar um hospital”, diz. “Também temos o objetivo de ressaltar a importância do diagnóstico precoce, pois no caso do infarto, cada minuto conta”, completa.