A metade do ano ainda nem chegou e o número de homicídios em Apucarana já supera o total registrado em 2021. Pelo menos seis pessoas foram assassinadas entre janeiro a abril na cidade, número 50% maior que o ano passado que registrou quatro óbitos do tipo, segundo dados da Secretaria de Estado da Segurança (Sesp). Chama atenção que a maior parte dos crimes ocorreu em festas ou estabelecimentos com venda de bebidas alcoólicas.
O caso mais recente foi a morte de Jaideson Tarlei da Cruz, 36 anos, baleado na última sexta-feira (1), em frente a um bar na Avenida Itararé, na região do Jardim Vale Verde. O assassinato teria ocorrido após uma briga entre os frequentadores do estabelecimento. Ao menos três pessoas envolvidas na discussão foram encaminhadas à delegacia prestar esclarecimentos. Segundo a Polícia Militar (PM) essas pessoas relataram que a vítima tentava separar a briga quando foi atingida pelo tiro. Outras informações de que Jaideson estava envolvido na discussão também circularam pela imprensa, contudo a Polícia Civil não confirmou qual é a versão oficial e até ontem o autor do homicídio não havia sido preso.
A morte de Jaideson ocorreu cinco dias após o tiroteio registrado em frente a uma conveniência na Avenida Aviação, Jardim Colonial, que deixou dois mortos e quatro feridos. Júlio César de Oliveira, de 39 anos, morreu no local do crime e Paulo Roberto Neves da Silva, de 34 anos, veio a óbito a caminho do hospital.
Segundo a polícia, o grupo de moradores do Colonial e bairros próximos foram para a conveniência após uma partida de futebol. No dia nove de janeiro, Ryan Lucas Rosa dos Santos, de 19 anos, foi morto a tiros em uma festa no Recanto Belvedere. No dia 31/01 Lazinha da Silva Marques, de 75 anos, foi assassinada a tesouradas dentro do Hospital da Providência e em 27/2 Everton Henrique Machado, de 34 anos, foi morto a facadas.
O presidente do Conselho de Segurança de Apucarana (Conseg), Adilson Murara, disse que o aumento nos homicídios é o assunto central da próxima reunião do conselho. Sobre uma reação das forças de segurança, ele ressalta a operação de fiscalização da Polícia Militar (PM) realizada em bares e estabelecimentos da cidade que comercializam bebidas alcoólicas. “A polícia deflagrou essa operação justamente para coibir esse tipo de conduta e evitar que os índices aumentem”, comentou.
Procurados pela reportagem o comando do 10º Batalhão de Polícia Militar e a Polícia Civil disseram que não vão comentar os casos. Aumento no índice de homicídios será discutido na próxima reunião do Conselho de Segurança (Conseg) de Apucarana que deve ser realizada ainda nesta semana.
Informações: TNOnline