As secretarias de Estado de Saúde (Sesa) e de Educação (SEED) definiram nesta quinta (8) que as aulas presenciais vão retornar na rede estadual de ensino em cerca de 50 escolas de 30 cidades do Paraná de seis regionais do Estado, onde os índices de transmissão da covid-19 estão baixos. As cidades que participarão do ‘teste’ ainda não foram definidas mais fazem parte de seis regionais do Estado: Ponta Grossa, Cianorte, Umuarama, Wenceslau Brás e Pato Branco. Representantes do Ministério Público do Paraná (MPPR) também tem participado das reuniões que estão definindo como será esse retorno, que está previsto para o dia 19 de outubro. As informações são do telejornal Boa Noite, da RPC TV.
De acordo com informações do telejornal, num primeiro momento retornaram às aulas estudantes do oitavo e nono ano do Ensino Fundamental e do terceiro ano do Ensino Médio. Informações obtidas pelo Bem Paraná revelam que o anúncio oficial do teste será nesta sexta (9) pelo próprio governador Ratinho Jr.
Segundo a proposta, o plano-piloto deve durar de duas a três semanas, quando serão analisados todos os dados e se der certo, poderá ser implantado em outras cidades, assim o retorno às aulas no Paraná seria gradativo. O plano-piloto seguirá todas as normas já aprovadas pela Sesa e pela Seed no chamado Protocolo de Retorno de Aulas Presenciais no Paraná. De acordo com o documento, os estudantes serão divididos em grupos, que farão revezamento permanecendo por uma semana em aulas presenciais e por uma semana em aulas remotas (on-line). As escolas terão que fazer o levantamento sobre quantos alunos retornarão às aulas e quantos continuarão no ensino online, para organizar o retorno de maneira que haja o distanciamento mínimo de 1,5 metros.
VEJA O PROTOCOLO PARA RETORNO DAS AULAS PRESENCIAIS NA ÍNTEGRA
Seis critérios para retorno às aulas
Em resposta a uma solicitação feita pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa) e do Comitê “Volta às Aulas”, informou quais os critérios que determinarão (ou não) o retorno das atividades escolares presenciais durante a pandemia de Covid-19. No documento, encaminhado na quinta (1º de outubro) ao MP paranaense, a Sesa cita seis critérios para a retomada das atividades escolares, estes mesmos critérios recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Fiocruz. Segundo a Secretaria, seriam os critérios mínimos a serem avaliados na hora de decidir pela retomada ou não das aulas, ressaltando-se ainda que, dependendo da situação, outros critérios e restrições podem ser impostos. Estes mesmos critérios estão sendo utilizados para definir quais cidades participarão do ‘teste’ de retorno às aulas. Entre os critérios está que a transmissão da doença deve estar controlada, com índice de transmissão (Rt) baixo de 1 (e idealmente menor que 0,5) e é necessário haver uma diminuição constante de no mínimo 50% na incidência de casos confirmados e suspeitos, durante um período de três semanas. Veja aqui todos os critérios
Os principais pontos do Protocolo de Retorno das Aulas
Distanciamento
O protocolo prevê um distanciamento de 1,5m em todos os espaços, incluindo na sala de aula. Será feita também a aferição de temperatura de todos que entrarem a escola, tendo como limite 37º.
Horários de aula
Já os horários de entrada e saída, e intervalo/recreio devem ser redefinidos e intercalados, de modo a evitar a aglomeração de pessoas e a circulação simultânea de grande número de alunos, nas áreas comuns e nos arredores do estabelecimento.
Modelo híbrido e escalonado
O ensino híbrido será adotado. As aulas remotas permanecem diariamente e as aulas presenciais ocorrerão de forma escalonada. Para isso, os estudantes serão divididos em grupos, que farão revezamento permanecendo por uma semana em aulas presenciais e por uma semana em aulas remotas (on-line). A retomada de conteúdos também é uma das preocupações do protocolo, com atividades, recuperação e atendimento de estudantes com maior dificuldade.
Volta escalonada
Quando a data for definida pela Sesa o protocolo prevê um retorno gradual, por faixa etária, na seguinte ordem:
– Estudantes do 3º ano do Ensino Médio e 9º ano do Ensino Fundamental
– Estudantes do Ensino Médio
– Estudantes do Ensino Fundamental I e II
– Estudantes da Educação Infantil (menores de 2 anos não voltam por enquanto)