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Fruticultura é aposta para elevar valor bruto da produção no Vale do Ivaí

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O cultivo de frutas pode gerar um Valor Produto de Produção (VBP) até 20 vezes superior das culturas tradicionais. Os grãos, como a soja, resultam em R$ 3.230 de VBP/hectare, enquanto que a uva de mesa gera R$ 66.815 por hectare. O tema foi assunto de debates nesta terça-feira (07/11), na Praça do CEU, em Apucarana, reunindo prefeitos, secretários municipais de agricultura e técnicos do Território do Vale do Ivaí. A fruticultura é apontada como uma alternativa rentável para os produtores e prefeituras, pois o VBP é um dos itens que formam a cota-parte do ICMS que retorna para os Municípios.
O evento contou com a presença do prefeito de Apucarana, Beto Preto, que esteve acompanhado do vice, Junior da Femac, e também do prefeito de Novo Itacolomi, Moacir Andreola. Também estiveram presentes Marcelo Gomes, coordenador estadual do VBP, o economista Paulo Franzini, do Núcleo Regional da Seab, e Paulo Doreto, que coordena a regulação da emissão de notas fiscais do setor agrícola na Receita Estadual. Atuaram como mediadores do debate Cristóvon Ripol, gerente regional da Emater, e Lúcia Socolovski, coordenadora do Território Vale do Ivaí.
De acordo com o prefeito de Apucarana e presidente da Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi), a fruticultura é uma atividade altamente rentável para os produtores e que traz resultados positivos também para os municípios. “Estamos criando possibilidades técnicas especialmente para a agricultura familiar e que também impactarão na questão da cota-parte do governo do Estado”, afirma Beto Preto, referindo-se aos 25% do “bolo” do ICMS que retorna aos municípios.
Beto Preto afirma que a intenção não é mudar a matriz agrícola da região, mas criar alternativas, promover a diversificação rural e assegurar a permanência das famílias no campo. “Precisamos fazer algo misto entre o cultivo intensivo e extensivo, gerando renda para o agricultor e para os municípios onde ele está inserido”, defende Beto Preto.
Conforme Paulo Franzini, a fruticultura ainda é pouco representativa na região, respondendo por apenas 1,7% do valor da produção, contra 34,9% de frango, 30,3% de grãos, 12,1% das hortaliças e 8,5% da pecuária bovina. O rendimento da fruticultura por hectare, entretanto, é muito superior ao das atividades tradicionais. “Enquanto a pecuária bovina gera R$ 2.650 de VBP por hectare, o abacate gera R$ 33.630/hectare, o macarujá R$ 35.208, a goiaba R$ 44.500 e a banana R$ R$ 18.812”, compara o economista do Deral.
RESULTADOS POSITIVOS – Municípios da região que estão investindo na fruticultura – como Apucarana, Lidianópolis, Rosário do Ivaí e Novo Itacolomi – já estão obtendo resultados positivos. O prefeito de Novo Itacolomi, Moacir Andreola, afirma que o cultivo da banana foi introduzido no município a partir de 1993. “Com a decadência das culturas do café e do algodão, o município com o apoio da Emater buscou encontrar uma alternativa. O cultivo da banana começou com dois produtores, foi aumentando ano a ano e hoje já são 120 famílias envolvidos na atividade”, conta Andreola, acrescentando que se não fosse feita a diversificação rural Novo Itacolomi teria perdido cerca de 30% da sua população.
O evento também foi uma oportunidade para que Apucarana apresentasse todas as etapas de implantação do Programa Terra Forte, que tem como carro chefe o incentivo à fruticultura. “Iniciamos os estudos ainda em 2013, após uma geada que dizimou 75% dos cafezais. Implantamos o programa oficialmente com a Lei 22/2014, estabelecendo que o Município forneceria mudas selecionadas e insumos e que o produtor fizesse o pagamento entregando parte da produção para a merenda escolar”, explica José Luiz Porto, secretário municipal da Agricultura de Apucarana.
As variedades foram implantadas paulatinamente e hoje já são cultivados 10 tipos de frutas. “Somente a merenda escolar já recebeu 70 toneladas de frutas e o excedente os produtores comercializam no mercado. Além da geração de renda, o programa está levando qualidade de vida aos cerca de 300 produtores que aderiram à iniciativa”, acrescenta Porto.

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