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Ex-aluno do Projeto Crescer relata experiência de viver e estudar nos EUA

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Depois de quase um ano nos EUA, Otávio Francisco Izidoro Costa, ex-aluno do Projeto Crescer, está retornando ao Brasil. Selecionado pelo Rotary International para participar do programa de intercâmbio, ele partiu em 4 de agosto do ano passado para Chicago, Illinois.

“Foi uma experiência única, trazendo conhecimentos que certamente vão me marcar por toda a vida”, avalia o jovem estudante. Otávio foi selecionado para participar do programa de intercâmbio devido à sua trajetória e atuação destacada nos estudos e retornou ao Brasil no último dia 09, sendo recebido por familiares e amigos, incluindo Paulo Pennacchi, sua esposa Cleide e Andressa Fante Reis, presidente, conselheira e diretora do Projeto Crescer, respectivamente. Otávio explicou que nesse período ficou com três famílias, sendo duas de Aurora, a uma hora de Chicago, e outra de Elburn, uma vila próxima. “No início, a gente estranha um pouco. Outra língua, outra cultura, outros costumes. Eu ia para a escola das 7h50 às 14h50, depois tinha natação das 15h30 às 17h30. Isso no outono”, explica o intercambista.

Na primeira família, a culinária tinha influência venezuelana – o pai se mudara para a Venezuela na infância, depois retornou aos EUA. Na segunda família, Otávio encontrou uma forte influência musical, o que o deixou muito feliz, pois toca piano e aprecia jazz. Na terceira família, influência mexicana. Como passou grande parte do tempo em ambiente escolar, Otávio diz ter interagido mais com os alunos e professores. “Os americanos são muito fechados No ambiente escolar, eles têm os grupos e não se relacionam facilmente. Nas escolas, a comida também é bem diferente: muita pizza, hamburguer etc. Tudo bem calórico. Um mês depois, eu já estava sentindo muita falta da comida brasileira”, acrescenta.

O brasileiro também encontrou um ambiente escolar bem diferente. “Algumas disciplinas, como matemática, inglês, ciências e estudos sociais, são obrigatórias. Outras o aluno pode escolher, como artesanato, carpintaria, banda, coral etc. As salas também têm muita tecnologia, muitos recursos. Eles não perdem muito tempo copiando as coisas”, destaca Otávio. Segundo ele, a visão que os estudantes geralmente têm do Brasil vem do cinema. “Eles citam o Rio de Janeiro, o Cristo Redentor, as florestas e os pássaros”, resume. Outra diferença em relação ao Brasil é que, segundo ele, os americanos são bem mais rigorosos com horários.

A saudade de casa foi amenizada com os vários contatos que fazia com a família e os amigos. “Minha mãe mandava mensagem todo dia. Com os demais membros da família, em geral eu falava uma vez por semana”, relata. Ao viajar, ele era estudante do primeiro ano do Ensino Médio.

Nos EUA, frequentou uma turma equivalente ao terceiro ano. Otávio ainda não definiu qual profissão seguir. “Provavelmente alguma coisa na área da saúde”, adianta. Ao final da entrevista, ele diz que recomendaria muito a experiência de estudar fora a outros jovens. “Essa experiência está totalmente de acordo com a metodologia do Projeto Crescer, que é a de preparar os jovens para superar desafios. A importância de ter uma segunda e até uma terceira língua, ter disciplina, não ter preconceito quanto a  outras culturas, valorizar as boas parcerias, a educação, a amizade, tudo enfim que nos prepara para crescermos. Isso tudo foi o intercâmbio, é o Rotary, é o Projeto Crescer”, finaliza Otávio.

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