Tão logo assumiu a pasta da economia, o ministro Henrique Meirelles já pensa em efetuar nova mudança no sistema previdenciário, o que segundo o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, se constituirá em novo atentado contra o direito dos trabalhadores.
Paulinho da Força, em nota oficial, diz que “A estapafúrdia ideia, defendida pelo atual ministro, é inaceitável, porque prejudica quem ingressa mais cedo no mercado de trabalho, ou seja, a maioria dos trabalhadores brasileiros. Vale lembrar que o último governo já fez mudanças no regime da Previdência que só resultaram em prejuízo aos trabalhadores.
A implantação da regra 85/95 progressivamente, implantada pelo governo Dilma, já chegou ao absurdo de colocar lei para praticamente impedir a aposentadoria, isto porque começou a ser aplicada a fórmula 90/100 para mulheres e homens, com a soma da idade e do tempo de contribuição. Essa fórmula torna, praticamente, impossível a aposentadoria para pessoas com idade inferior a 65 anos”, afirma Paulinho.
O presidente da Força Sindical, cujo grito deverá ganhar adesão de outras entidades, tem razão, diante da facilidade encontrada pelo governo, a fim de elucidar seus problemas financeiros, bastando, para tanto, uma simples mudança de regras e que “se rale o contribuinte” que, por toda uma vida de trabalho, descontou para poder gozar a velhice, com maior tranquilidade, mas, diante de aberrações como essa que se vê, está cada vez mais longo o sonho da aposentadoria.
Todos temos pleno conhecimento dos problemas financeiros que o País vive e que, fatalmente, terá que haver sacrifícios para o programa de recuperação, no entanto, porque sempre é o trabalhador o primeiro a ter direitos quebrados, ficando penalizado por aquilo que não cometeu?