A Prefeitura de Curitiba decidiu manter a bandeira amarela de risco para a Covid-19, apesar do aumento de casos novos desde o dia 11 de novembro. Curitiba voltou para a bandeira amarela no dia 27 de setembro, vindo da bandeira laranja. Naquela data os números de novas infecções haviam caido e a tendência se manteve em outubro. Mas, a partir da segunda semana de novembro, os casos voltaram a ter alta. Desde o dia 11 a Capital confirma mais de 700 novos casos diários e, na última terça (17) foram 879 confirmações. Na quarta (18) 914 e na quinta (19) mais 1.381.
Márcia lembrou que Curitiba está em bandeira amarela e pode adotar a laranja, com maiores restrições, quando necessário.
O cálculo da bandeira nesta sexta ficou em 1,85, mantendo a cidade em situação de alerta, ou seja, na bandeira amarela. O Decreto 1570/2020 entra em vigor neste sábado (21/11) e vale por sete dias.
Entre os nove itens usados para o cálculo que define sob qual bandeira a cidade vai funcionar, os de capacidade de atendimento aos doentes (leitos de UTI e de enfermaria) têm o maior peso. Nesta sexta-feira (20/11) o município ativou 94 leitos para atender os pacientes de covid-19.
São 41 leitos de UTI SUS – seis no Hospital Vitória, dez no Hospital do Idoso, dez no Hospital Evangélico Mackenzie, dez no Hospital de Clínicas e cinco na Santa Casa. Os novos leitos de enfermaria estão distribuídos da seguinte maneira: cinco na Santa Casa, dez no Hospital de Clínicas e 38 no Hospital do Idoso.
O prefeito Rafael Greca fez um apelo à rede hospitalar privada e ao SUS metropolitano para que também trabalhem nessa ampliação de leitos, suspendendo as cirurgias eletivas, como fez Curitiba no início desta semana. A capital se antecipou às dificuldades que poderiam surgir com o aumento dos casos de covid-19, que começou a ser registrado.
Casos e recordes
Nesta sexta-feira foram confirmados mais 1.409 novos casos de Covid-19 e 11 óbitos de moradores da cidade, conforme boletim da Secretaria Municipal da Saúde. Oito desses óbitos ocorreram nas últimas 48 horas. O número de novos casos superou o de quinta-feira, 1.381, até então o mais alto na pandemia na Capital.
As novas vítimas são seis homens e cinco mulheres, com idades entre 36 e 99 anos, com algum fator de risco para complicações da covid-19. Todos estavam internados.