A família da menina Beatriz Vivian de Mendonça, de 12 anos, morta em um atropelamento no último sábado, 18, em Arapongas, vai procurar a ajuda de advogados para entrar na justiça contra o motorista que causou o atropelamento. Beatriz e o pai foram atropelados quando voltavam a pé de uma confraternização na Rua Tico-Tico do Campo, próximo ao Condomínio Monterrey. Na última segunda-feira, 20, a justiça negou o pedido de prisão do motorista.
Andreia Cristina de Mendonça é irmã de Anderson Leal de Mendonça, que foi atropelado junto com a filha. A tia da menina conta que a família está revoltada com a decisão da justiça e que deve contratar advogados e entrar na justiça para garantir que o responsável não fique impune.
“Acredito que a justiça não tenha estudado o caso direito, pois não é justo minha sobrinha ter pago com a vida e ele sair impune, espero que o juiz do caso volte atrás de sua decisão e de o que o autor do crime merece que é a prisão. Pois ninguém sabe a dor que estamos carregando, não é justo ele ficar a solta, sendo que já tem passagem na polícia por embriaguez. Acredito que ele possa cometer mais atrocidades como essa estando a solta”, desabafou a familiar.
Andreia disse que o irmão precisou ser hospitalizado, mas já recebeu alta e se recupera em casa. Ela conta que ele teve diversas lesões, mas a recuperação emocional é a mais difícil.
“Meu irmão saiu domingo do hospital, mas não conseguiu acompanhar o enterro. Ele quebrou costelas, lesionou o pulmão, sofreu lesão no ombro e está em recuperação, mas o processo emocional está muito difícil, ele está arrasado”, contou.
Andreia era madrinha de batismo de Beatriz. Ela conta que a sobrinha era uma criança alegre e amorosa.
“Tenho uma bebê de 1 ano e 9 meses que era o grude da Beatriz. Minha sobrinha era uma criança alegre, gostava muito de piscina, gostava de brincar e era muito vaidosa, cuidava muito do cabelo dela”, lembrou.
De acordo com a Polícia Civil, PC, o pedido de prisão do suspeito de ter atropelado Beatriz, foi feito e acatado pelo Ministério Público do Paraná, mas rejeitado pela Justiça.
Ainda segundo a PC, as investigações identificaram que não há sinal de frenagem na pista e que o motorista estava na contramão quando atropelou a criança. Pai e filha caminhavam pela via, já que no local onde o atropelamento aconteceu, não tem calçada para pedestres.
O veículo usado no dia do atropelamento foi encontrado pela polícia após uma denúncia, na segunda-feira, 20, e passou por perícia. Segundo a polícia, as testemunhas confirmaram que o investigado estava embriagado, que ele sabia que ele tinha atropelado alguém e que queria fugir.
A Polícia Civil informou ainda que o suspeito já tem passagem por embriaguez ao volante e que chegou a ser preso pelo crime na época.