O edital de licitação do transporte público de Arapongas pode ser publicado ainda este mês. Conforme a Secretaria Municipal de Obras, Transportes e Desenvolvimento Urbano (Seodur), o documento já foi finalizado, passou por readequações e segue para o Setor de Licitação, que deve definir a data da concorrência pública.
Para regular o serviço, a secretaria desenvolveu um Plano de Transporte Público que está inserido no Plano de Mobilidade Urbana do município. A proposta analisou todas as linhas do sistema de transporte, vias de circulação, ciclovias e pontos para embarque e desembarque com objetivo de ordenar e otimizar o serviço. “Em um primeiro momento vamos alinhar o serviço que está sendo prestado. A gente otimizou as 10 linhas já existentes e equidistou os pontos para diminuir ao máximo o tempo de espera dos usuários nos pontos de ônibus e também reduzir o tempo de viagem”, comentou gerente de desenvolvimento urbano, Israel Biason Filho. Segundo ele, o usuário aguarda, em média, 30 minutos no ponto de ônibus. Além de reduzir o tempo de espera, o plano também prevê a criação de novos terminais para interligação das linhas. “Atualmente todas as linhas passam pelo centro. A ideia é escoar para as regiões periféricas criando novos terminais de ligação, assim como ocorre nas grandes cidades”, comenta. O plano também pretende melhorar a acessibilidade nos pontos de embarque e desembarque, além de controlar a vida útil dos ônibus, limitando o uso em até 8 anos. Atualmente o serviço conta com 16 veículos, sendo que 12 estão rodando e 4 de reserva. A data para a licitação do transporte público ainda será definida. Contudo, Biason adianta que a empresa que tiver a menor tarifa será declarada vencedora. Atualmente, o usuário paga R$ 3,70 pelo serviço, com subsídio de R$ 1 da prefeitura. RecomendaçãoEm 2015, o Ministério Público (MP) emitiu uma recomendação para a regularização do serviço que vem sendo prestado há décadas pela empresa Transporte Urbano Arapongas (TUA). Segundo o MP, o vínculo com a prefeitura não foi formalizado através de licitação, desde gestões passadas, o que é proibido pela legislação vigente.Após a recomendação, foi desenvolvido um Plano de Mobilidade Urbana concluído em 2016, e a lei criada em 2017. A atual gestão reajustou as rotas de acordo com a atual malha viária do município para melhorar a coberturas nos bairros mais novos da zona sul, norte e oeste. O documento será encaminhado na próxima semana ao setor de licitação. “Acontece que o transporte estava sob um contrato precário há muitos anos. Publicamos um edital em 2018, mas houve alguns questionamentos então analisamos o edital e republicamos no fim de abril. Foram feitos novos questionamentos que já respondemos e fechamos o edital novamente”, explica Biason.