Holerite confirma ‘farra em horas extras’ na Câmara de Apucarana. Segundo denúncia, Petrônio Cardoso, estaria recebendo horas extras vultuosas.
O Portal de Notícias do Canal 38, recebeu denúncia de supostas irregularidades no pagamento de horas extras para o servidor Petrônio Cardoso, advogado concursado do Legislativo Apucaranense.
De acordo com o holerite disponível no Portal de Transparência do legislativo de Apucarana, o servidor Petrônio Cardoso, cargo de advogado, com vinculo de estatutário, recebeu no mês de fevereiro de 2019, salário base de R$ 10.107,30, e recebeu total de proventos de R$ 18.041.35. E no mês de março, Petrônio Cardoso recebeu o total de proventos de R$ 44.455,31 (Quarenta e quatro mil, quatrocentos e cinquenta e cinco reais e trinta e um centavos). O pagamento ao servidor no mês de abril, ainda não está disponível no portal de transparência do legislativo.
Segundo a denúncia, o servidor estaria recebendo de forma questionável um grande volume financeiro em horas extras. A reportagem não conseguiu através do portal da transparência, descriminar os valores pagos em proventos, mas as horas extras no mês de março, quase atingiriam o salário base do servidor.
“Tem gente que tá ganhando horas extras sem trabalhar, batem o ponto e saem. E como a Câmara pode pagar hora extra para o servidor, se o legislativo tem pelo menos quatro advogados na casa, ele sequer fica no legislativo, como pode receber horas extras”, declarou o denunciante, que preferiu não se identificar.
A concessão das referidas horas extras, deveriam obedecer um procedimento legal, o que acabou não ocorrendo, em desacordo com a legislação.
A denúncia pontua várias situações de irregularidades, pessoas que batem o ponto biométrico e saem do legislativo e somente retornam antes do horário de encerramento do expediente, para novamente bater o ponto, crime que pode ser facilmente detectado pelo sistema de monitoramento das Câmeras de Segurança do Legislativo de Apucarana.
A presidência da Câmara Municipal oficializou logo no início do ano o corte nas funções gratificadas (FG) dos funcionários efetivos do legislativo apucaranense. Segundo o presidente, vereador Luciano Augusto Molina Ferreira, geraria uma economia aos cofres municipais da Casa de Leis. Mas agora, se descobre que existe outra formula de conceder vantagens.