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Câmara de Arapongas cria comissão para investigar denúncia de improbidade

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Suspeitas de irregularidades envolvendo vereadores motivaram a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) pela Câmara de Arapongas. A comissão irá apurar denúncia de improbidade administrativa de membros da Casa através de um áudio compartilhado nas redes sociais. De acordo com a mensagem, integrantes do parlamento local teriam recebido dinheiro em troca da aprovação de uma lei.

O requerimento foi apresentado pelo vereador Rubens Franzin Manoel (PP). De acordo com áudio divulgado por um aplicativo de mensagens, integrantes da Associação de Moradores do Conjunto Coqueiral teriam realizado pagamentos a vereadores, em troca da aprovação de uma Lei que regularizaria o referido loteamento.

A mensagem aponta que o autor do requerimento, Rubens Franzin Manoel, não iria aprovar a lei porque não teria recebido dinheiro. As mensagens deixam subentendido que os outros parlamentares teriam recebido um total de R$ 57 mil, através do escritório de advocacia pertencente ao vereador Fernando Henrique Oliveira (PSDB).

A questão foi amplamente debatida durante a última sessão, que aprovou a criação da CEI por unanimidade dos vereadores. Fernando afirmou que a CEI tem como objetivo investigá-lo. “Quem não deve, não teme. Isso me ofende. A comissão precisa ter, como um dos principais objetivos, identificar e ouvir o autor das mensagens em sessão pública. Se comprovarem que eu recebi algo, eu rasgo meu diploma e renuncio ao mandato”.

Já Rubens Franzin Manoel explica que a situação precisa ser esclarecida. “O que estou propondo no requerimento é de grande relevância no cenário municipal e no âmbito deste parlamento. Os áudios espalhados denigrem a imagem de todos os integrantes desta Casa. Por isso, tais fatos devem ser apurados para que se reestabeleça e se reafirme o papel do vereador, devendo ser responsabilizado nos termos da Lei quem quer que seja que possa ter praticado tal conduta”, afirmou o vereador.

Ele questiona a veracidade do áudio. “Vamos investigar, mas acredito que nenhum dos vereadores fez isso e, portanto, ninguém pode falar algo assim. Por isso que esta CEI é importante: nenhum vereador merece ter o nome manchado desta maneira”.

O vereador Paulo César de Araújo também não acredita no que diz o áudio. “Estamos aqui para trabalhar conforme a lei, sem visar nenhum tipo de ganho ilícito, sempre em prol da população. Por isso, esta CEI deve realizar a investigação devida”, afirma.

A Comissão Especial terá prazo de 90 dias para a conclusão dos trabalhos. Ela será presidida por Rubens Franzin Manoel, com Miguel Messias (PSL) na relatoria e Paulo Cézar de Araújo (MDB) como membro. O requerimento pretende, entre outras ações, ouvir habitantes do Conjunto Coqueiral, bem como membros da associação dos moradores do bairro.

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