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Arapongas

Região registra menos casamentos, mas divórcios também caem

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A população da região está casando menos. Efeito da crise econômica ou da queda paulatina da taxa de natalidade, o fato é que no ano passado o número de registros teve um recuo de 0,4% nos 28 municípios da região – Vale do Ivaí e Arapongas. Foram 2.766 uniões contra 2.788 em 2014. Nas duas maiores cidades, Apucarana e Arapongas, a queda foi bem mais acentuada, de 4,3% e 6,6% respectivamente. Os dados constam na pesquisa Estatísticas do Registro Civil, divulga ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou para uma redução ainda maior no número de divórcios, 4,1%.

O índice regional está na contramão da média nacional. Segundo o IBGE, em todo Brasil, foram registrados 1.137.321 casamentos civis em 2015, 2,8% a mais que em 2014. Nos cinco maiores municípios da região, a queda maior foi registrada em Jandaia do Sul. Foram 10% menos casamentos registrados no ano passado. De outro lado, em Ivaiporã e Faxinal, o número de uniões saltou 23% e 28%, respectivamente. Se os casamentos reduziram, maior foi a queda na dissolução das uniões. Os divórcios judiciais – não consta na tabela do IBGE os realizados via cartório – caíram 4,1% na região. Em Apucarana, o número praticamente se igualou (ver grafo), ficando em 62 no ano passado contra 60 em 2014.

Em Ivaiporã, a queda foi de 35%. De outro lado, em Jandaia do Sul, o número de divórcios disparou 34%. A cidade chama atenção ainda pela proporção de divórcios em relação aos casamentos. Foram registradas 134 uniões no ano e 109 divórcios. O número de dissoluções é quase o mesmo registrado em Arapongas (125), município com mais população quatro vezes maior, onde foram mais registrados quase 700 casamentos. A pesquisa divulgada pelo IBGE também levantou o número de crianças registradas. Em 2015, nasceram 6.385 crianças na região. O número é praticamente o mesmo do ano anterior, que fechou em 6.390 registros – uma leve alta de 0,07%. No Brasil, houve crescimento de 1,4% nos registros de nascimentos. Também neste quesito, as duas maiores cidades, Apucarana e Arapongas, registraram índices discordantes da média. Em Apucarana, foram registradas 1.791 crianças no ano passado contra 1806 no ano anterior, uma leve queda de 0,83%.

Em Arapongas o índice negativo chega a 1,3% com registro de 1.586 crianças contra 1.608. Para o gerente do escritório do IBGE de Apucarana, Berenildo Fernandes Chagas, os números são reflexo da queda na taxa de natalidade da população. “Desde 2000 estamos acompanhando esse fenômeno que vem mudando o perfil da população”, comenta. Ele destaca ainda, a faixa etária da população. “Em 1991, em Apucarana, a população com menos de três anos era 6,22% da população, em 2010, estava em 3,88%”, diz.

Ele destaca, entretanto, que há oscilações de alta e queda entre um ano e outro são normais. Em um ano o número pode crescer, em outro cair. Questionado se a crise econômica tem influência nos números, ele afirma que o fator econômico tem algum impacto na estatística. “As pessoas de fato adiam planos de casamento e de filhos, mas o peso maior ainda está em outras variáveis”, comenta
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