As mudanças previstas para o ensino médio poderão tornar o mesmo mais atraente aos estudantes, em vista da grande evasão escolar verificada atualmente.
Segundo o estudo elaborado pelo Ministério da Educação, o conteúdo deverá ser avaliado pela flexibilização introduzida, favorecendo o interesse do estudante, embora com a obrigatoriedade, também, do curso de inglês, que será interessante visando ao futuro do jovem.
No entanto, um fato que, parece, ficou de lado e deveria chamar a atenção dos responsáveis pela mudança é que,
segundo os índices apurados, a reprovação no nível fundamental é de 8,2%, frente aos 11,5% do ensino médio, o que,
no entendimento do sistema educacional, comprova a necessidade da reforma. Essa constatação, nos faz crer, pode
estar sendo apreciada de maneira inversa, podendo comprovar, também, que a falha não está somente no ensino
médio – que pode e está sendo revisado –, mas localizada justamente no ensino fundamental, como fator negativo enfrentado pelas crianças.O que resolve melhorar o ensino médio, se uma grande parcela de alunos deixa o ensino fundamental com pouca ou nenhuma base; tanto assim que os índices (8,2 para 11,5%) podem mostrar claramente que a criança chega despreparada ao nível médio?
Entendemos que, em primeiro lugar, uma visão mais forte para a base, com mais investimento na elaboração dos
currículos e na preparação dos professores, objetivando o fortalecimento do ensino básico, dando à criança a possibilidade de alcançar o nível imediatamente superior com maior condição de assimilar e desenvolver o seu conteúdo. Muita coisa necessita ser feita, especialmente no que diz respeito aos investimentos financeiros, para que realmente o brasileiro possa se mostrar satisfeito com nosso sistema educacional.