A realização da Paralimpíadas no Rio de Janeiro é uma importante vitrine para debater a inclusão em nosso
País. Apesar de não estar merecendo o mesmo destaque dos Jogos Olímpicos, que antecederam esse evento, a Paralimpíada é um passo fundamental para mostrar ao Brasil a necessidade de discutir, com responsabilidade,
sobre a situação das pessoas portadoras de deficiência física.
Ao mostrar que mesmo com limitações esses jovens podem se tornar atletas, os jogos também demonstram que um portador de deficiência pode exercer qualquer atividade cotidiana em nossa sociedade. Ao falarmos sobre o tema sem tabus e sem barreiras, começamos a romper o preconceito que o cerca. Em uma nação ainda
tão repleta de preconceitos, somente falar sobre o assunto já é um avanço e tanto.
Recente estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que
6,2% da população brasileira tem algum tipo de deficiência. Mesmo assim, ainda faltam políticas públicas efetivas de acessibilidade e de inclusão desse cidadão na vida da sociedade.
Faltam calçadas adequadas para cadeirantes e cegos. Prédios ainda carecem de acesso, e a maioria dos espaços públicos não está apto à inclusão do portador de deficiência – que parece inexistir em muitas cidades
brasileiras. E é justamente pela visibilidade que os Jogos Paralímpicos dão ao tema que eles cumprem sua função.
Ao mostrar que há possibilidade de inclusão em qualquer área da sociedade, os jogos mostram que precisamos estar abertos para abraçar a todos e pensar em uma sociedade mais inclusiva e plural.