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Apucarana

Falta de recursos no município é desafio, aponta Rodolfo Mota Prefeito eleito de Apucarana

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O prefeito eleito de Apucarana, Rodolfo Mota (União Brasil), fez um balanço da transição de governo e mostrou preocupação com as dificuldades financeiras do município. Segundo ele, o orçamento previsto para 2025 em Apucarana é menor do que em cidades do mesmo porte, como Arapongas e Umuarama, e disse que está buscando recursos junto aos governos estadual e federal para implantar no início da sua gestão a Agenda 100, que são 100 ações para os primeiros 100 dias de governo, falou em entrevista ao TNOnline na manhã desta quinta-feira (21).

“O nosso orçamento é muito ruim. Temos, por exemplo, R$ 100 milhões a menos que Arapongas (para 2025), que tem uma população com o número de 12 mil habitantes a menos. Umuarama, que tem 17 mil habitantes a menos, também tem R$ 170 milhões a mais no orçamento para o ano que vem. Vou brigar, lutar e suar sangue para arrumar R$ 150 milhões para fazer as obras que Apucarana precisa”, disse na entrevista ao TNOnline, fazendo referência ao pacote de obras estruturantes que ele apresentou ao governador Ratinho Junior (PSD) no começo deste mês.

O orçamento previsto para Apucarana em 2025 é de R$ 644 milhões, segundo o prefeito eleito. Apesar das dificuldades, ele afirma que vai agir com “planejamento e organização” para superar esses desafios financeiros, já que a população, segundo Rodolfo, sinalizou na eleição de outubro que quer mudanças nos rumos da cidade.

“Vamos trabalhar com organização: planejar, executar e comunicar com as pessoas”, pontuou.

O Hospital de Apucarana está entre as preocupações do prefeito eleito. A obra deve ser inaugurada até o final do ano pelo atual mandatário Junior da Femac (MDB), mas Rodolfo afirma que não há recursos para manter o prédio funcionando como hospital em 2025.

“A obra vai custar R$ 24 milhões, mas o primeiro ano de funcionamento desse prédio, como está anunciado, vai custar mais do que a obra, quase R$ 30 milhões. É como se construísse um prédio daquele por ano. Nós não temos dinheiro para construir um prédio daquele por ano. Como vai fazer? Nós estamos entendendo esse processo, isso vai precisar passar pelo Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde e por um enxugamento de despesa na Autarquia de Saúde para poder sobrar dinheiro lá. Mas hoje o fato é: não tem R$ 25 milhões, R$ 30 milhões no caixa e no orçamento para tocar esse prédio como hospital no ano que vem”, disse.

Dentro desse contexto, ele apontou ainda dificuldades em relação ao transporte público e anunciou que mudanças serão feitas logo no início da sua gestão. “Esse sistema vai ser revisto. Parece que a Prefeitura está devendo, estão falando na casa de R$ 10 milhões. O transporte público de Apucarana é um problema. Eu preciso de mais dados, mas é só ver a condição do Terminal Urbano”, disse. Sobre o reajuste da tarifa, ele afirma que esse aumento deve ser definido pelo atual prefeito.

Sobre os investimentos e a pauta de obras de R$ 150 milhões, Rodolfo afirma que está buscando esses recursos junto ao governo estadual e também na União. Ele diz contar com apoio do governador Ratinho Junior e de deputados parceiros para ajudar na busca das verbas necessárias.

Ele também anunciou a ideia de implantar a Agenda 100, com 100 ações para os 100 primeiros dias de mandato. “Estamos procurando R$ 7 milhões ou R$ 8 milhões no orçamento para essas ações. Algumas são simbólicas, outras não”, disse.

Rodolfo anunciou a primeira ação nesse sentido: retirar a faixa de pedestres que gerou polêmica na Rua Ponta Grossa. “Não é regular e não está prevista no ordenamento legal”, disse.

Sobre a escolha da pedagoga Ana Paula do Carmo Donato, irmã do deputado estadual Paulo Rogério do Carmo (União Brasil), para Secretaria da Educação, ele disse que o objetivo foi encontrar alguém com “um traço acolhedor”, mais focada na gestão de pessoas, com uma gestão técnica.

Sobre as críticas por buscar alguém de fora, ele afirma que a nova secretária já mudou com a família para Apucarana e citou que ela tem experiência de mais de 30 anos na área. O prefeito eleito também comparou a situação com o ex-secretário de Educação, Renato Féder, que veio de São Paulo a convite do governador Ratinho. “O tempo dirá se a escolha foi certa. Nada supera o trabalho”, disse. Rodolfo prometeu anunciar mais nomes do secretariado nesta sexta-feira (22).

Informações: Tnonline

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