Completou, nesta quarta-feira (4), 90 dias do desaparecimento de Isis Victoria Mizerski, de 17 anos, que sumiu quando saiu para um encontro com um rapaz chamado Marcos, em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná. Conforme confirmado por exames laboratoriais de um teste feito por ela, a jovem estava grávida na data do desaparecimento.
No decorrer das investigações, Marcos – apontado como pai do bebê – foi considerado o principal suspeito de envolvimento no caso. Ele permanece preso e é réu por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto praticado sem o consentimento da gestante.
O caso
O desaparecimento da adolescente foi registrado pela mãe da vítima no dia 7 de junho, após a menina sair para encontrar o suspeito, com quem teve um relacionamento, e não retornar para casa. Conforme apurado pelas investigações, Isis foi ao encontro para conversar com o suspeito após descobrir que estava grávida.
Durante as diligências, a PCPR realizou 36 oitivas, além de analisar câmeras de segurança e conversas que indicam que o indivíduo não aceitou a gravidez e buscou opções para que a menina fizesse um aborto.
As investigações apontam que, após o encontro, o suspeito tentou forjar três álibis, incluindo uma mensagem em um grupo informando que estaria chegando em casa, quando na verdade não estava.
Investigações
Embora o corpo de Isis não tenha sido encontrado, as investigações indicam que o indivíduo é suspeito de cometer o homicídio e a ocultação de cadáver. Desde o início das diligências, foram empregados todos os recursos técnicos disponíveis para localizar o corpo, com auxílio de outras forças de segurança.
“A situação pode ser comparada ao caso de Eliza Samudio, ocorrido em Minas Gerais, em 2010. O corpo dela nunca foi localizado, mas o óbito foi atestado e o principal suspeito indiciado por homicídio e ocultação”, afirmou o delegado Matheus Campos, responsável pelo relatório final.
A PCPR continua as buscas pelo corpo de Isis Victoria Mizerski, utilizando todos os recursos disponíveis. A equipe mantém o compromisso com a Justiça e busca fornecer respostas definitivas à família. Agora o indiciamento será analisado pelo Ministério Público.
Informações: O BemDito