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“Sei que posso melhorar, e muito, a Segurança Pública de Maringá”, afirma Delegado Jacovós, pré-candidato à Prefeitura

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O deputado estadual participou da Série de Entrevistas do Maringá Post nesta quinta-feira (5) e falou sobre suas ideias para o setor. Parlamentar afirma querer transformar a Guarda Civil em uma ‘Polícia Municipal’: “Podemos resolver isso e eu sei como resolver”.

Pauta recorrente no imaginário do maringaense nos últimos anos, a Segurança Pública tem chamado a atenção também daqueles que almejam ocupar o Paço Municipal Silvio Magalhães Barros em 2023. E dos doze autodeclarados pré-candidatos à Prefeitura de Maringá em 2024, apenas dois deles têm experiência na área. Um deles é Delegado Jacovós (PL), entrevistado desta quinta-feira (5) na Série de Entrevistas do Maringá Post.

Jacovós já havia conversado com a reportagem em julho, oportunidade em que falou sobre o seu ingresso na vida pública e adiantou ideias que têm para a área de Segurança Pública em Maringá. Meses depois, a convicção permanece a mesma e, agora, com algumas projeções já mais concretas do ponto de vista prático.

Delegado da Polícia Civil do Paraná por quase três décadas, o deputado estadual reforça no discurso o desejo de dar mais autonomia e estrutura para a Guarda Municipal de Maringá. Nas palavras do gestor e pré-candidato ao Executivo, a força de segurança pode, mais do que dar apoio às polícias Militar e Civil, se tornar uma “Polícia Municipal”.

“A primeira medida que tomaremos na gestão será essa, transformar a nossa Guarda Municipal em uma verdadeira polícia municipal, com poderes de polícia, de estar presente em todas as praças públicas da cidade, seja na região central ou nos bairros. Vamos cuidar da Saúde, da Educação, da Infraestrutura também, mas podem ter certeza que, caso eleito, nós teremos uma Guarda Municipal altamente estruturada, se integrando com os guardas de trânsito para aumentar o nosso efetivo e dar ao maringaense não só uma sensação de segurança, mas uma segurança plena e efetiva”, declarou o pré-candidato.

Jacovós afirma que o município não pode ficar esperando apenas medidas dos entes Estadual e Municipal para implementar a mudança que julga necessária. “Não podemos esperar que o Estado traga mais policiais civis ou militares para Maringá. Claro que isso é um desejo nosso, mas se nós temos a Guarda Municipal que, graças a uma decisão do STF, passa a fazer parte do sistema integrado de Segurança Pública Nacional, ou seja, tem poderes de polícia, por que não vamos colocar nossos Guardas para auxiliar as polícias Militar e Civil?”, indagou.

Ainda de acordo com Delegado Jacovós, sua experiência no setor de Segurança lhe dá a bagagem necessária para resolver os problemas de Maringá no setor. “Não podemos pregar que a cidade é uma das melhores do Brasil quando o indivíduo não tem segurança para sair com a família à noite, por exemplo. Mas nós podemos resolver isso e eu sei como resolver, pois trago uma experiência de 32 anos no setor, sei que posso melhorar, e muito, a Segurança Pública de Maringá”, disse.

Na entrevista, o deputado estadual também falou sobre a pré-candidatura, as conversas com outros partidos e a sua posição perante a atual administração. Veja a entrevista completa:

  • Neste momento, como está a questão política? O senhor vem sendo citado em várias pesquisas, mas já ‘bateu o martelo’ em disputar o Executivo?

Delegado Jacovós: “O PL é o maior partido hoje do país e, efetivamente, não podemos em cidades de médio e grande porte não termos candidatos a prefeito ou vice. Maringá é uma cidade importante no contexto paranaense e brasileiro, uma das cidades consideradas com a melhor qualidade de vida do país e aqui nós temos, sim, candidatura colocada. O PL tem candidato a prefeito em Maringá, temos uma boa base, com um bom tempo de rádio e TV, onde poderemos apresentar nossas propostas de governabilidade para que o povo possa entender como seria uma gestão de um prefeito do Partido Liberal aqui em Maringá”.

  • Meses atrás, o senhor falou em uma aliança já firmada entre PL e União Brasil. Como estão as conversas com outras legendas?

Delegado Jacovós: “Nós temos uma conversa sim com o União Brasil, mas deixando bem claro que eles têm o candidato deles, bem pontuado nas pesquisas, mas o PL também têm o seu candidato, que sou eu. Temos uma parceria e uma conversa de estarmos juntos nas eleições, mas também poderemos, talvez, estarmos juntos em um segundo turno. O futuro a Deus pertence, podemos fazer um planejamento, mas Maringá é uma cidade que abriga o segundo turno e pode ser que o União Brasil saia com o seu candidato e o PL com o dele. Se lá na frente, digamos que um dos partidos não estejam no segundo turno, podemos sim conversar e pensar em um apoio. Temos um bom diálogo com o deputado Do Carmo, que é de um partido que agrega pessoas conservadoras, centradas, então pensamos que é uma boa legenda para se ter uma coligação. No entanto, neste momento, o PL tem o seu próprio candidato”.

  • Caso candidato, assumiria uma posição de situação, oposição ou independência da atual administração?

Delegado Jacovós: “Seríamos demagogos se disséssemos que nós não participamos da atual administração. Nós apoiamos o atual prefeito, inclusive com a minha esposa, Sandra Jacovós, sendo secretária de Assistência Social do município. Se nós nos colocássemos em uma posição contrária, não poderíamos participar da administração. Minha esposa participa da gestão, tem total apoio do prefeito nas ações que a Assistência Social tem implementado no município, temos bons planejamentos nesse setor. Obviamente que não concordamos com tudo da atual gestão, mas não podemos descredenciar que o atual prefeito fez uma boa gestão, tanto é que foi reeleito”.

  • E qual avaliação o senhor faz da administração municipal atualmente?

Delegado Jacovós: “Eu faço uma avaliação muito boa, vejo que em Maringá não houve, nos últimos anos, uma política de extremismos, do ponto de vista ideológico. Eu sou conservador, de direita, mas não aceito radicalismo. Vejo que a atual gestão buscou trazer, para a administração digamos que uma ‘democracia’, não vemos o atual prefeito, por exemplo, guerreando de forma ideológica. Se a gente leva para a administração pública uma ideologia e acha que só as suas ideias dão certo, obviamente que as coisas não vão bem. Vejo que a atual gestão é boa e estamos juntos com a atual administração”.

  • Na opinião do senhor, qual o setor da gestão pública que demandará mais atenção de um próximo prefeito?

Delegado Jacovós: “Acho que a questão da urbanização da cidade merece atenção. Precisamos cuidar melhor dos bairros, principalmente na questão da pavimentação. Há alguns bairros que nem podemos dizer que há asfalto, há ruas totalmente esburacadas e é preciso rever toda essa questão. Há necessidade de se investir nisso. Obviamente que também entendo que a questão da Segurança Pública também pode melhorar e muito, mas para isso precisamos de ações que dependam exclusivamente do município”.

  • Como gestor da área de Segurança Pública, o que pensa sobre esse segmento em Maringá?

Delegado Jacovós: “Não podemos esperar que o Estado traga mais policiais civis ou militares para Maringá. Claro que isso é um desejo nosso, mas se nós temos a Guarda Municipal que, graças a uma decisão do STF, passa a fazer parte do sistema integrado de Segurança Pública Nacional, ou seja, tem poderes de polícia, por que não vamos colocar nossos Guardas para auxiliar as polícias Militar e Civil? Uma vez que temos uma Guarda treinada, equipada, que anda armada. Hoje, Maringá tem vários problemas na área de Segurança Pública, são centenas de furtos e roubos todos os dias. Não podemos pregar que a cidade é uma das melhores do Brasil quando o indivíduo não tem segurança para sair com a família à noite, por exemplo. Mas nós podemos resolver isso e eu sei como resolver, pois trago uma experiência de 32 anos no setor, sei que posso melhorar, e muito, a Segurança Pública de Maringá”.

  • Você citou em entrevistas passadas e também nessa o desejo em reforçar a Guarda Municipal e ampliar o seu leque de atuação. Como isso se daria na prática?

Delegado Jacovós: “Essa questão que as pessoas às vezes falam de que está na Constituição o fato da Segurança Pública ser dever do Estado é uma ilusão. As pessoas se agarram nisso, mas a Segurança Pública é um dever de todos nós. Se nós temos condições de fazer a municipalização da Segurança Pública, por que não fazer? Meios para isso existem, hoje já temos um bom sistema interligado de vigilância, com câmeras de alta tecnologia, mas podemos empregar ainda mais os nossos guardas municipais neste trabalho. Podemos, por exemplo, construir módulos da Guarda em vários pontos da cidade e, inclusive, é um desejo meu levar esses módulos até os distritos. A Guarda Municipal hoje tem poderes de polícia, ela pode abordar, pode prender. Trata-se de uma questão de abordagem diária e precisamos ter equipes para isso. As blitz, por exemplo, não podem ser apenas a cada 30 dias, precisam ser rotineiras e isso é possível fazer. Se você tem veículos, armas e homens na estrutura da Guarda Civil, por que não empregar essa estrutura em apoio às demais forças de segurança na prevenção do crime? Entendo que um prefeito que venha da área de Segurança Pública, que entenda do setor, poderá contribuir muito e isso nós sabemos fazer”.

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