Acompanhado de diretores de operação da Regional de Londrina, o diretor-presidente da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), Mounir Chaowiche, esteve em Apucarana nesta sexta-feira (15/01). Ao lado do prefeito Beto Preto e do gerente da unidade local da estatal, Luiz Carlos Jacovassi, ele concedeu entrevista coletiva, nas dependências da estação de tratamento da Vila Regina, para relatar os esforços empregados pela empresa no sentido de restabelecer o abastecimento de água no município.
O excesso de chuva registrado entre o último sábado e terça-feira, em índice muito acima do esperado para o período, provocou o rompimento de adutora e danificou equipamentos da estação de captação da cidade junto ao Rio Caviúna, deixando 75% da população sem água nas torneiras durante quase quatro dias.
Para que o problema não volte a se repetir futuramente em Apucarana, Chaowiche anunciou ainda medidas e investimentos autorizados pelo Governador Beto Richa. “Este projeto era para ser oficializado dentro de seis meses, ou um ano, mas diante do quadro que vivenciamos estou autorizando já para esta segunda-feira a abertura de licitação para a construção do “Posto 28”, na região do Jaboti, que irá contribuir para abastecer diversos bairros. Também estamos estudando, e até este mês de fevereiro daremos uma definição oficial, de uma segunda fonte de captação para Apucarana, que pode ser o Rio do Cerne ou o Rio Tibagi”, informou o diretor-presidente da Sanepar.
A longo prazo, os investimentos podem chegar a R$50 milhões. “A meta é garantir água para o futuro, para os próximos 30, 40 ou 50 anos em Apucarana”, disse Chaowiche. Além do “Posto 28”, o gestor revelou que também está em estudo a perfuração de pelo menos outros seis poços artesianos em pontos estratégicos da cidade.
Com relação aos danos da estação de captação do Rio Caviúna, a unidade local da Sanepar já atua para que o problema não se repita. “Já estão em andamento medidas para garantir pleno funcionamento caso o nível do rio volte a subir. De imediato, estamos estudando a elevação dos equipamentos. O que aconteceu em Apucarana e em outras cidades da região não havia previsibilidade. Foi uma catástrofe. O rio aqui subiu quatro metros, em Rolândia foram 6 metros, sem nenhuma possibilidade da ação humana evitar danos”, ponderou. Segundo ele, nos últimos cinco anos, a Sanepar investiu R$86 milhões no município, sendo R$55 milhões em coleta e tratamento do esgoto e R$31 milhões no sistema de captação e tratamento da água.
O prefeito Beto Preto, que acompanhou desde o início as ações de reparo dos danos, reconheceu o empenho da Sanepar em restabelecer o abastecimento de água. “Foram momentos difíceis, três dias e três noites sem água que causaram muitas dificuldades para toda população. Ninguém esperava uma chuva desta magnitude mas, apesar das dificuldades, estamos superando. As equipes da Sanepar trabalharam dia e noite para reconstruir a adutora. Administração pública é isso. Enquanto faltou a água, Sanepar, Corpo de Bombeiros, Copel, Prefeitura, uniram-se, dando resposta rápida às demandas”, concluiu o prefeito.
Fonte: Prefeitura Municipal de Apucarana