O trabalho de campo dos agentes de endemias da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana vem sendo prejudicado pela dificuldade em adentrar a imóveis na área urbana e nos distritos, onde estão concentrados as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. Além de muitos imóveis fechados, em razão da ausência dos moradores, há, ainda, a resistência de proprietários em permitir o acesso dos agentes, com medo de roubos.
O diretor de Vigilância em Saúde, veterinário Aguinaldo Aparecido Ribeiro, deixa claro que o proprietário dos imóveis tem o direito de exigir do agente de endemias o crachá de identificação. “Entendemos o receio dos moradores, pois tivemos notícias de ações de marginais em outros municípios. Em Apucarana, felizmente, isto nunca aconteceu, pois os agentes estão devidamente uniformizados e portando o crachá de identificação, sempre apresentado quando da visita ao imóvel”, explica o diretor.
Esta resistência dos moradores e do grande número de imóveis fechados tem preocupado a Divisão de Controle de Endemias, pois passado as festas de final de ano, é bastante comum encontrar grande quantidade de recipientes com água, propícios para o desenvolvimento do mosquito transmissor da dengue. “Apucarana tem índice médio de infestação do mosquito – 1,7 – mas temos que continuar atentos para impedir que este número cresça”, diz Ribeiro.
Há ainda uma preocupação com os terrenos baldios, utilizados de forma irresponsável para descarte de lixo doméstico e até industrial. “Nestes locais os agentes realizam uma ampla verificação, visando eliminar os pontos com água parada, para impedir a proliferação do mosquito”, manifesta o diretor de Vigilância em Saúde.
NÚMEROS – Mesmo com este trabalho continuado na cidade e nos distritos, o Município de Apucarana já registrou sete casos de dengue, sendo quatro importados e três autóctones, a partir das 145 notificações e exames realizados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).
As visitas realizadas pelos agentes de endemias, no ciclo agosto de 2015 a agosto de 2016, têm indicado que de cada 100 habitações, duas apresentam focos do mosquito transmissor da dengue. “Por esta razão estamos conclamando os moradores a realizarem a verificação dos seus imóveis e, desta forma, agir como agente de prevenção a doença”, completa o diretor.
Fonte: Prefeitura Municipal de Apucarana