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Preço de terras agrícolas valoriza 21% na região

Preço de terras agrícolas valoriza 21% na região
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As terras para agricultura estão mais valorizadas na região. De acordo com o levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), as propriedades agricultáveis tiveram um aumento de 21% no preço médio por hectare neste ano, em comparação com o ano passado. No geral, o preço médio das terras passou de R$ 71,3 mil para R$ 86,3 mil com os maiores aumentos percentuais em Apucarana, Bom Sucesso, Califórnia, Cambira, Jandaia do Sul, Kaloré, Marumbi, Novo Itacolomi e Rio Bom com aumento superior a 30% (veja o infográfico).

No levantamento do Deral as terras são classificadas em seis tipos, definidos por aptidão de uso. As terras de uso agrícola intensivo, subdivididas em quatro grupos (A-I, A-II, A-III e A-IV) tem cotação mais alta que as demais. Na região, as propriedades mais valorizadas são as do tipo A-I, que são terras sem problemas aparentes de conservação, próprias para cultivo de grãos e com produtividade acima da média. O preço médio dessa classe ficou R$ 135 mil, 27% a mais do que o ano passado quando o valor médio do hectare de terras com esse perfil era R$ 106,2 mil.

“Nas terras mecanizadas da região, praticamente a maior parte é cultivada com soja, que teve valorização bem expressiva nos últimos anos. De forma geral, tudo que é do setor de agronegócio teve alta”, assinala o economista do Deral, Paulo Franzini. O economista compara o preço recebido peço produtor rural da saca de 60 quilos de soja em 2020 era R$ 105, que passou para R$ 154 no ano passado e agora neste ano R$ 177, alta de 68,5% em dois anos.

Franzini explica que o aproveitamento econômico, potencial de uso, fertilidade, tipo de solo, clima e geografia do terreno são características avaliadas no momento da negociação de uma terra. Entretanto, a logística também é outro detalhe importante que conta muito. O economista observa que os municípios com maior preço médio de terra agricultável por hectare, como Arapongas (R$ 107,1 mil), Sabáudia (R$ 107,1 mil), Mauá da Serra (R$ 106,7 mil), estão localizados em pontos estratégicos que facilitam o transporte e o acesso a cooperativas. “Tudo isso favorece o preço das áreas”, destaca Franzini.

Para o presidente do Sindicato Rural de Apucarana, Claudomiro Rodrigues da Silva, o popular Mirinho Moises, a alta na cotação das terras agricultáveis corresponde ao crescimento do patrimônio do produtor rural. Entre os motivos que impulsionou o preço das propriedades, ele destaca o aumento na demanda por alimentos pelo mundo. “O valor da terra subiu devido ao aumento no preço das commodities como o café, milho, trigo e a soja principalmente. A produtividade também aumenta a cada ano que passa e isso também valoriza ainda mais a terra”, assinala Mirinho.

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