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Vigilância sanitária será mais rigorosa, após suspensão da vacinação contra a febre aftosa no PR
Por Cindy Santos, TNOnline
14 de outubro de 2019 . Atualizado há 2 horas
Foto: Tribuna do Norte/Arquivo
Foto: Tribuna do Norte/Arquivo
Nesta terça-feira (15), o governador do Paraná Carlos Massa Ratinho Junior e a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, anunciam a suspensão das campanhas de vacinação contra febre aftosa em rebanhos bovinos e bufalinos no Paraná. Com a assinatura da Instrução Normativa, o Estado terá uma vigilância sanitária mais rigorosa na fiscalização de propriedades rurais e no controle de população animal, afirma o coordenador do Programa da Febre Aftosa da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), médico veterinário Walter Ribeirete.
“Vamos fortalecer a vigilância de imediato. Sempre tivemos campanhas de vacinação periódicas nos últimos 50 anos e agora faremos uma substituição por campanhas de atualização cadastral. O produtor será obrigado a atualizar e comprovar o rebanho nos meses de maio e novembro”, afirma.
Ribeirete considera a suspensão da vacinação uma data histórica no Estado, pois altera totalmente a medida de controle adotada nos últimos 54 anos. “A gente utilizava a vacinação como ferramenta principal no controle da febre aftosa e agora estamos buscando uma nova condição sanitária”, destaca.
Para o coordenador, o reconhecimento como área livre de febre aftosa sem vacinação abrirá novos mercados do agronegócio. “Esse é o resultado econômico que pretendemos obter. Mas precisamos ter o reconhecimento internacional da Organização Mundial da Saúde Animal, com previsão para 2021”, comenta.
A professora de economia do campus Apucarana da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Paula Carneiro avalia que a conquista trará ganhos para o setor. Segundo ela, o novo status sanitário do Estado contribui para a valorização dos produtos da agropecuária paranaense e, consequentemente, seu alcance em mercados compradores mais exigentes e que pagam melhor. “Além desta ampliação do mercado internacional, o setor também contará com a imediata queda dos custos dos pecuaristas pelo fim da vacinação obrigatória”, analisa.
Instrução Normativa
Além de suspender as campanhas de vacinação, que eram feitas anualmente sempre em maio e novembro, a Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento proíbe o uso e a comercialização de vacinas contra a febre aftosa no Paraná já a partir do dia 31 de outubro. A O documento também anuncia a restrição e o controle do ingresso de animais vacinados contra a febre aftosa no Paraná, medida que passa a vigorar no primeiro dia do ano que vem. O anúncio acontece às 11 horas desta terça-feira (15), no Salão de Atos do Palácio Iguaçu, em Curitiba.