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Um ano de vacinação contra a Covid-19 é marcado pela adesão e compromisso dos paranaenses

VACINAÇÃO
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Esta terça-feira (18) marca um ano desde que a primeira pessoa foi vacinada contra a Covid-19 no Estado. Desde então, mais de 8,3 milhões de paranaenses já foram imunizados com a primeira e a segunda doses ou dose única, dos quais mais de 1,6 milhão têm até a dose de reforço, aprovada ao longo do caminho.

“Há exatamente um ano, os primeiros paranaenses eram vacinados contra a Covid-19. A nossa esperança, naquele momento, era reduzir de mortes e retornar à vida como conhecíamos. E já podemos afirmar que a vacina cumpriu o seu papel. Ficamos muito felizes ao ver o quanto a população acreditou na ciência e na saúde e foi atrás da sua dose”, disse o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

“Estivemos, desde o início, entre os estados que mais vacinaram no Brasil. Ao longo desse um ano de vacinação, o Estado trabalhou junto com os 399 municípios para garantir que todos tivessem acesso à vacina o mais rápido possível”, acrescentou.

Para o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, a resposta para esse ano de “cura” estava estampada no rosto da primeira imunizada. “Lembro do olhar de esperança da enfermeira Lucimar Josiane de Oliveira e este sentimento em todos nós também surgiu a partir daquele momento”, lembrou.

Ela tomou a vacina pouco mais de duas horas depois que o lote com 120 mil doses chegou ao Estado. Para a enfermeira que atua no Hospital do Trabalhador, que completou 74 anos naquele dia, o momento foi cheio de expectativa e emoção.

“Sempre acreditei na vacina, sempre acreditei que fosse possível. Infelizmente ainda tem muitas pessoas que se recusam a tomar, mas não podemos perder de vista que a vacina protege do vírus. Foi uma conquista”, afirmou.

– O processo passou por várias fases, sofreu ajustes, e, depois de um ano, a maior campanha vacinal já realizada no Paraná chega a uma nova etapa, com a imunização do público infantil de 5 a 11 anos. Dos centenárias às crianças, dos acamados aos trabalhadores ativos, o trajeto ilustrado nas selfies teve apenas um objetivo: a defesa contra coronavírus após um 2020 angustiante.

Na fase inicial, o primeiro conjunto de grupos prioritários elaborado pelo Ministério da Saúde e seguido pelo Paraná foi baseado em princípios da Organização Mundial da Saúde (OMS) e feito em acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Ao todo, 27 categorias de pessoas tiveram prioridade para recebimento das doses da CoronaVac/Butantan, começando pelos trabalhadores de saúde, idosos institucionalizados, pessoas com deficiência e populações tradicionais, como indígenas. Em três dias, mais de 57 mil pessoas tinham recebido a primeira dose, e no final daquele mês mais de 130 mil.

Outros grupos vieram na sequência, como as pessoas em situação de rua, trabalhadores do transporte coletivo, da educação básica e superior, forças de segurança, entre outros. Naquela altura outra vacina já estava disponível, da parceria AstraZeneca/Oxford/Fiocruz.

Em 7 de fevereiro, o Estado recebeu suas primeiras doses para idosos acima de 90 anos, que segundo estimativa do Ministério da Saúde, chegava a 50.889 pessoas. Depois desta data, houve o escalonamento dos idosos com 80, 70 e 60 anos, numa escadinha. Com um mês, eram 308 mil paranaenses parcialmente protegidos. Com dois meses, 553 mil.

Em março, o governador lançou a campanha De Domingo a Domingo, estimulando os município a não interromperem a vacinação se tivessem doses disponíveis, e no fim do mês eram 1 milhão de pés vermelhos imunizados. Em abril foi a fez do Corujão, com postos disponibilizando horários alternativos para a população.

– No final de abril, o Paraná alterou o Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19. As decisões foram pactuadas com a Comissão Intergestores Bipartite do Paraná (CIB/PR). O primeiro documento contemplava 4.049.801 paranaenses nos grupos com prioridade para a vacinação, número que subiu para 4.790.988 pessoas. Além dessa alteração, houve a inclusão de mais um imunizante no Plano, a vacina da Pfizer/BioNTech.

Em maio, o Estado ultrapassou 1 milhão de pessoas completamente imunizadas e 90% dos idosos tinham tomado a D1. Na época, a Secretaria de Saúde abria novos leitos praticamente todas as semanas para atender pacientes com casos moderados e graves.

Em junho, quando foi confirmado o primeiro caso da variante Delta, chegou a primeira remessa da Janssen, que juntou-se aos outros três imunizantes utilizados. Em dose única, foi destinada aos trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros, transporte ferroviário, transporte aquaviários e caminhoneiros, e depois expandida ao público em geral.

“Quando chegamos na metade de 2021 já havíamos vacinado praticamente todo o grupo prioritário e os municípios aplicavam doses excedentes em outras faixas etárias. Foi outro desafio da campanha”, lembrou Beto Preto.

Formalmente, as primeiras doses para público em geral foram distribuídas no começo de junho. No dia 20 daquele mês o Paraná atingiu a marca de 5 milhões de aplicações, sendo 1 milhão aos finais de semana. No dia 5 de julho, a ocupação nos leitos de UTI caiu da faixa de 90%.

Em seis meses de vacinação, de 18 de janeiro a 18 de julho, já haviam sido aplicadas 6,9 milhões de doses, imunizando 62,1% da população adulta do Estado com D1 e 20,9% com o esquema vacinal completo. Em agosto, um terço das cidades já vacinada pessoas com 18 anos.

Na segunda quinzena de setembro, ocorreram duas importantes mudanças na campanha de vacinação, tanto na faixa etária, incluindo adolescentes de 12 a 17 anos, quanto na quantidade de doses aplicadas. Nessa época, 5 milhões de paranaenses ficaram totalmente imunizados. Em novembro, com 80% da população adulta imunizada, o Paraná começou a não registrar óbitos em boletins e suspendeu qualquer medida restritiva.

– Atualmente, qualquer paranaense acima de 18 anos pode tomar a dose de reforço contra a Covid-19, desde que respeitado um intervalo de quatro meses para a D2. A quarta dose para pessoas com algum tipo de vulnerabilidade da imunidade também já está disponível.

E neste sábado (15), três dias antes de completar um ano da vacina da enfermeira Lucimar, foi a vez da Isadora Libânio Despensieri, de 6 anos, receber a primeira dose pediátrica da Pfizer contra a Covid-19 no Paraná.

“Aprendemos com a vacinação e aos poucos alcançamos todos os públicos. A vacina é o milagre da vida. Nós conseguimos ultrapassar esses momentos difíceis por causa da vacina”, finalizou Beto Preto. “É hora de vacinar as crianças e deixar os adultos ainda mais protegidos. É mais um passo para vencer essa batalha”.

Foto: Jonathan Campos/AEN

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