O debate promovido pelo Flow, nesta segunda-feira (23) entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB), foi interrompido após confusão no estúdio. Marçal foi expulso durante as considerações finais e uma pessoa ficou ferida após ser atingida com um soco no rosto.
O início do debate foi marcado pelo embate direto entre Pablo Marçal (PRTB) e o candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB). Marçal disse que a gestão do atual vice da cidade não foi eleita pelo voto popular e que ele é um “estepe furado”.
“Quando você falou da relação do monumento histórico ser tombado é que custa sete vezes mais caro do que uma reforma privada. É nítido que a atual gestão não conseguiu fazer o que precisa ser feito. De novo, uma gestão que é estepe”.
Marçal x Nunes: provocações durante o debate
Pablo Marçal ainda provocou Nunes, dizendo que ele “continua eternamente” como vice-prefeito, já que ele era da chapa do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB). “O estepe que foi colocado está furado e, de fato, só pode chamar de prefeito quem foi eleito prefeito. Quem foi eleito vice-prefeito, continua eternamente vice-prefeito”.
Ele disse que a “qualidade” da gestão Nunes fez com que a capital esteja um “caos”. “O estepe que está governando a cidade tem compromisso com 12 partidos políticos. O cargo de vice, que é um estepe, mas a qualidade de quem foi colocado no lugar sem um único voto faz com que nossa cidade esteja um caos”.
Ainda na fala, Marçal acusou a gestão Nunes de ter o Primeiro Comando da Capital (PCC) infiltrado na prefeitura. “Sua decisão neste próximo 6 de outubro talvez será colocar alguém muito pequeno para tocar uma cidade muito grande … Colocar alguém com mentalidade pequena, alguém que já está amarrado até os pés com compromisso com partidos, alguém que é refém de máfia de creches e de ônibus. A gente sabe que o PCC está infiltrado em muitas áreas que é essa prefeitura”.
Advertências, expulsão e soco
Marçal foi expulso durante as considerações finais. O mediador, Carlos Tramontina, paralisou o debate após o candidato desrespeitar as regras. Conforme as regras previstas, ataques pessoais e ofensas tinham punição prevista com advertência. Sendo que três advertências resultavam em expulsão.
Tramontina explicou que Pablo Marçal resolveu ficar agressivo nas considerações finais. “O último sorteado para fazer as considerações finais foi Marçal e, aparentemente, adotou o projeto de sair fazendo tudo aquilo que ele não fez de agressão e desrespeito ao longo do debate. No debate, ele se comportou como os outros, apresentando ideias e propostas. No final, sendo o último a falar, ele iniciou uma série de acusações injuriosas e caluniosas, que, de acordo com o regulamento, não poderiam ser aceitas”.
Ao Estadão, o apresentador relatou que Marçal saiu provocando os demais candidatos. “Ele sai, forma-se um tumulto porque tinha um grupo que o acompanhava e, empurrando o restante do pessoal que estava ali, vem para chegar perto dele. Ele saiu com uma atitude de provocação para os outros que estavam lá. Só sei que houve um soco de uma pessoa no assessor do candidato Ricardo Nunes. Sangrou muito”.
“Tive que paralisar o debate para excluir o candidato Pablo Marçal, que reiteradamente, desrespeitava as regras. Na saída dele, houve uma confusão e o assessor do candidato Ricardo Nunes foi agredido e está sangrando bastante neste momento”, reiterou Tramontina.
Informações: Ric