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Santa Casa de Arapongas tem déficit de R$ 200 mil por mês

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Com um déficit anunciado de R$ 200 mil mensais em atendimentos via Serviço Único de Saúde (SUS), a Santa Casa de Arapongas divulgou nesta semana uma carta aberta e um texto nas redes sociais, expondo as dificuldades e pedindo auxílio.

De acordo com o administrador da instituição, há projetos a médio e a longo prazo para aumentar as receitas da instituição, que tem atrasado pagamentos de fornecedores, funcionários e médicos.

A dívida do hospital filantrópico gira atualmente em torno de R$ 1 milhão, segundo a administração. O principal problema nas finanças é o déficit junto ao SUS: hoje, os gastos por mês em procedimentos desta natureza é de aproximadamente R$ 1,2 milhão.

Porém, os repasses ficam em R$ 1 milhão, em média.Parte da diferença é amortecida com doações, convênios e procedimentos particulares. Porém, a instituição ainda não consegue nivelar despesas e receitas.“Nossa dívida é considerável, mas contornável. Temos projetos para aumentar nossas fontes de receitas. Queremos ampliar os serviços oferecidos para aumentar nossos repasses governamentais e também criar novas campanhas para que a comunidade nos ajude. Esta é uma das maiores crises dos quase 60 anos da instituição.

Se a situação continuar assim, fatalmente chegaremos a uma situação que nos obrigará a fechar as portas. Mas estamos trabalhando para que isso não aconteça”, afirma o administrador da ‘Santa Casa’, Durval Yukio Kuwano.Ele admite atrasos de meses nos pagamentos integrais de fornecedores e honorários médicos.

“Estes atrasos têm ajudado o hospital a se manter funcionando. É uma situação muito ruim, mas infelizmente necessária para manter o atendimento da ‘Santa Casa’.

Nossa prioridade acaba sendo o pagamento de impostos, que nos mantém com Certidão Negativa. Se perdermos esta certidão, não podemos mais receber recursos governamentais, o que seria uma tragédia”.Segundo o hospital, o repasse do poder municipal foi reduzido em cerca de R$ 900 mil em 2017, no comparativo com o ano anterior. Atualmente, os repasses somam em torno de R$ 8 milhões por ano. Valor parecido também é levantado pelo programa ‘Mãe Paranaense’, do Governo Estadual, que também teria sido reduzido.

“Estamos fazendo de tudo para resolvermos estas dificuldades financeiras, como pode ser acompanhado pelo nosso Portal da Transparência. Aqueles que quiserem ajudar o hospital podem entrar em contato conosco”, ressalta o administrador.

MUNICÍPIO

O secretário municipal de Saúde, Moacir Paludetto Júnior, explica que a Prefeitura tem se colocado sempre à disposição da entidade, inclusive buscando novos recursos. “Conseguimos firmar um novo convênio, com aporte de R$ 1,4 milhão em repasses ao hospital, além de uma verba de R$ 700 mil junto ao Governo Federal. No entanto, o grande problema do hospital é a grande dívida contraída e que foi sendo arrolada ao longo de vários anos. O passivo é muito grande e difícil de ser quitado no curto prazo”, destacou.

Tabela defasada do SUS é um dos principais problemasA tabela defasada de repasses do SUS é apontada como uma das principais causas para as dificuldades das Santas Casas de todo o país. Em Arapongas, a situação se agravou após o hospital passar a fazer plantões clínicos todos os dias. Antes, havia um revezamento com o Hospital Norte Paranaense (Honpar).

“Estamos aproveitando ao máximo todos os recursos que temos. Não há mais onde cortar. Estamos funcionando no limite”, explica o administrador Durval Kuwano.Em setembro, por dificuldades financeiras e atraso no pagamento de médicos, o setor de Obstetrícia do hospital chegou a ser fechado para plantões.

A situação levou uma mulher a dar à luz na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Arapongas.Inaugurado em 1960, o hospital conta com 180 funcionários e é referência em obstetrícia na região. De janeiro a novembro, foram 784 partos, sendo 488 cesáreas e 296 partos normais. Foram 11,5 mil atendimentos no pronto socorro e 4,3 mil internações. No período, 1.736 cirurgias foram feitas na ‘Santa Casa’. São 101 leitos, sendo 81 voltados para o SUS. A Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) tem 11 leitos. A taxa de infecção hospitalar é de 0,65%, uma das mais baixas da região.
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