SAMU e Endemias de Arapongas orientam sobre como lidar com escorpiões

SAMU e Endemias de Arapongas orientam sobre como lidar com escorpiões
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A Prefeitura de Arapongas, por meio da Secretaria de Saúde, pede atenção da população quanto à possibilidade de incidentes relacionados a animais peçonhentos, como o caso recente ocorrido nesta semana em Cambará, que levou à morte de uma criança de três anos, picada por um escorpião.

O coordenador médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Arapongas, Alessandro Sella, diz que este “é um problema e um desafio dentro da saúde pública”. “Alguns acidentes com animais peçonhentos são impactantes, podendo levar até à morte. Entre os agentes, nós temos acidentes por abelhas, aranhas, cobras, escorpiões e algumas lagartas”, comenta.

Na nossa região, e em todo o Paraná, a espécie mais comum de escorpiões é o Tityus serrulatus, conhecido como escorpião-amarelo. “Os acidentes ocorrem na maioria das vezes em domicílio e os sintomas são variados, desde os mais leves até os mais graves, podendo levar a óbito principalmente as crianças abaixo de 5 anos e os idosos acima de 65 anos com comorbidades, ou seja, com doenças”, explica. “Geralmente, os sintomas vão de manifestações desde dor no local, hiperemia – sensações de formigamento, até manifestações sistêmicas, ocasionando, por exemplo, agitação psicomotora, sudorese, que é suar frio profusamente, náuseas, vômitos, dor abdominal, sialorreia, que é a salivação excessiva, alterações do componente cardiopulmonar, que são alteração de pressão, arritmias e palpitações, insuficiência cardíaca e edema aguda pulmonar e choque, que é uma condição extremamente grave”, assinala.

O QUE FAZER
“Quando temos um acidente por escorpião, o principal órgão a ser acionado é o 192 ou 193, porque ali nós vamos ter condições de, primeiro, qualificar a gravidade desse acidente e, ao mesmo tempo, enviar o recurso, o até pedir para que os familiares removam o paciente para a unidade de saúde”, observa Sella. Em uma unidade de saúde, o paciente terá o primeiro atendimento e, dependendo de como evoluir o quadro nas próximas horas, o soro antiescorpiônico. 

PREVENÇÃO
O profissional frisa os principais pontos para a prevenção. “Temos que evitar o acondicionamento irregular de lixo no domicílio, combater a proliferação de baratas – devemos manter os jardins e quintais limpos, evitar as folhagens densas, plantas ornamentais, arbustos, solicitar sempre a limpeza de terrenos baldios junto à prefeitura ou pelos seus donos, sempre sacudir e examinar roupas e sapatos antes de usá-los”, elenca. 

Além disso, ao usar calçados, tomar muito cuidado. Evitar colocar as mãos em luvas, em buracos sem a utilização de luvas, colocar as mãos sob pedras e troncos podres. Nas casas e apartamentos, utilizar sempre soleiras nas portas, sempre vedar frestas e buracos, consertar rodapés, afastar as camas e berços das paredes, evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão e sempre preservar os inimigos naturais dos escorpiões, que são as aves de hábitos noturnos, como coruja, um passarinho que se chama João Bobo, os lagartos, lagartixas e sapos”, comenta.

CENTRAL DE ATENDIMENTO
Em Arapongas, há uma central de atendimento para orientações sobre essas demandas. “É só ligar no (43) 3902-1068 e falar com Sebastião ou pode ser comigo mesmo. Nós vamos até local para esclarecimentos”, frisa o coordenador do Controle de Endemias, Valdecir Pardini.  
No caso de encontrar um escorpião, a orientação é matar, guardar em um recipiente e acionar o Controle de Endemias. “Assim, é possível identificar a espécie de escorpião e a gente vai até o local para, se possível, verificar de onde eles estão saindo”, finaliza Pardini.
(Fotos: Sesa)

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