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Produtores rurais contabilizam prejuízos com geadas na região

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Depois da passagem da massa de ar polar, os produtores rurais da região começam a contabilizar prejuízos. Como era previsto, pastagens e hortaliças foram mais afetados pelas geadas. Também há perdas em café – para próxima safra – e prejuízos nas culturas de milho.

O produtor rural de Ivaiporã, Diego Bertocini, que cultiva hortaliças e cria gado leiteiro em pequena escala na localidade de Severiano, perdeu boa parte da colheita. “Perdi boa parte das alfaces, que são mais sensíveis, e os ponteiros dos tomates, mesmo os que estavam na estufa foram prejudicados. A última colheita do tomate, que geralmente garante nosso lucro, foi comprometida. Este ano, provavelmente só vamos cobrir os custos”, comenta. Ele acrescenta que o almeirão também não resistiu: “Parece que cozinhou. As folhas vão murchando a cada dia e não se recuperam, mesmo com chuva”, disse.

Produtor rural de Ivaiporã, Diego Bertocini, relata prejuízos no cultivo de hortaliças
Foto por TNOnline

Como as pastagens foram cobertas de gelo, Diego já pensa em alternativas para alimentar os animais. “Vamos usar cana e milho até o capim voltar. A recuperação vai demorar”. Ele acredita que os efeitos da geada chegarão ao consumidor: “O produto será menor, de qualidade inferior e custará mais caro. Infelizmente, não tem outro caminho”, afirma.

A produtora rural Maria Avelaneda Kazial, que cultiva café e outras culturas com o marido em uma chácara próxima à Vila Rural, também sentiu os efeitos da geada. Embora a colheita atual já esteja finalizada, a preocupação maior é com a próxima safra. “A parte de cima do pé, onde começam a crescer os ponteiros e as florzinhas, foi toda queimada pela geada. Essa parte é muito sensível e estava começando a florar agora”, explicou.

Maria destacou que o café tem ciclo bienal, com anos de safra maior e menor. “Ano passado tivemos uma boa produção, este ano foi menor, mas o próximo seria o ano bom, com bastante café. Se não gear mais, o pé pode rebrotar, mas já sabemos que vamos perder muita coisa. Acho que quebra mais da metade do que esperávamos colher em 2026”, diz.

Deral avalia prejuízos

O Departamento de Economia Rural (Deral), do Núcleo Regional de Ivaiporã da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), divulgou avaliação preliminar dos impactos das geadas. Os 15 municípios da regional foram atingidos pelas baixas temperaturas.

Segundo o agrônomo do Deral, Sergio Carlos Empinotti, parte do milho, que ainda se encontrava em fase de enchimento de grãos, tem perda estimada de 10% em peso e qualidade. “Parte da produção já está sendo destinada à silagem para minimizar os danos”, diz Empinotti. O trigo, afetado principalmente em áreas mais baixas, teve perdas inferiores a 2%.

Empinotti relata que o café sofreu danos nos ponteiros, que comprometem a formação das gemas para a próxima safra. “A colheita atual não foi afetada, mas a expectativa é de menor produção em 2026”. As pastagens foram as mais atingidas e podem levar até 90 dias para se recuperar. Isso deve reduzir a oferta de leite e pressionar o preço do produto e seus derivados.

Informações: TNOnline

“Agindo Deus, quem impedirá?” Is 43:13

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