Presos da Unidade II da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL II) se rebelaram nesta terça-feira (6) durante o banho de sol. A rebelião teve iníco por volta das 10h40, quando os detentos cercaram agentes penitenciários e dominaram uma das alas. Não há informação de agentes feridos.
Por volta das 18 horas, pelo menos 11 detentos eram mantidos reféns, conforme informações repassadas pelos próprios rebelados para a polícia.
O presídio está com mais de 1,2 mil presos em um espaço que comporta apenas 928.
Até o início da noite desta terça, não foi divulgada uma lista de reivindicações. No entanto, há informação é de que os detentos reclamam da administração da PEL2, da comida servida no local, da superlotação da unidade e de maus tratos.
Detentos estenderam uma faixa sobre o telhado. No tecido, a inscrição
de uma facção criminosa, o PCC. (Crédito: Roberto Custódio/JL)
O INÍCIO – A insubordinação dos detentos teve início quando familiares dos presos se preparavam para a visita. Os detentos tomaram o presídio pela ala 21 e na sequência todos os outros espaços foram invadidos.
Do alto do telhado, alguns presos encapuzados e armados com facas fazem outros detentos reféns. Os homens foram agredidos. Presos rebelados usam celulares para se comunicar do telhado da penitenciária.
Segundo a Polícia Militar, dois detentos que estavam na ala conhecida como “seguro” – reservada para estupradores, assassinos e pedófilos – ficaram feridos ao saltarem de uma área, na tentativa de fugir dos outros presos. A dupla foi resgatada por uma equipe do Siate.
Uma negociação oficial com os detentos foi iniciada na tarde desta terça-feira. O juiz da Vara de Execuções Penais (VEP), Katsujo Nakadomari, foi chamado para acompanhar o diálogo com os criminosos rebelados, liderado por um grupo de negociadores da Polícia Militar. A negociação prossegue.
As informações são do site jornaldelondrina.com.br/ Telma Elorza