A Polícia Civil de Apucarana desvendou o assassinato de um jovem de 17 anos, ocorrido no último dia de 2016. De acordo com a polícia, João Lucas Lemos foi morto com quatro tiros após ter tentado assaltar um grupo de araponguenses no último sábado (31). Dois jovens envolvidos no crime foram detidos.
De acordo com o delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, José Aparecido Jacovós, a situação aconteceu a partir de um contato via redes sociais. “O garoto teria visto um anúncio no Facebook, onde um araponguense estava vendendo um videogame e um celular. Fingindo interesse nos produtos, o jovem chamou o anunciante para Apucarana, marcando um encontro na Rua Byngton, no Jardim Trabalhista”, diz.
O vendedor chegou em um veículo, pouco depois das 21 horas, junto a outras quatro pessoas. Assim que avistou o veículo, Lemos deu voz de assalto. “Ele portava um revólver calibre 38 que era de outro jovem, também de 17 anos, que também estava no local. Assim que ele consumou o assalto e pegou os equipamentos eletrônicos, ele deu as costas ao grupo. Foi então que eles reagiram”, explica o delegado.
Lemos foi dominado e desarmado. As vítimas do assalto teriam atirado em Lemos, que chegou a ser atendido por uma equipe do Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos no tórax e abdômen. O outro jovem correu. O grupo de Arapongas fugiu do local.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, Lemos e o outro jovem que participou do assalto moravam junto a outro rapaz, também de 17 anos, em uma casa na Rua Grande Alexandre, no bairro da Vila Nova. Os três seriam usuários de drogas.
“Esse terceiro rapaz, que não participou do assalto, soube do que aconteceu e avisou a polícia. Os dois jovens foram ouvidos e responderão na Justiça. Pediremos a internação deles em alguma unidade para menores infratores. Agora, vamos encontrar e ouvir o grupo de pessoas que estava no carro. Eles agiram em legítima defesa, mas terão que explicar a situação e podem responder por lesão corporal seguida de morte”, afirma Jacovós.