Em menos de dois anos, Apucarana e Arapongas movimentaram R$ 1,075 bilhão em transações via PIX, segundo dados do Banco Central (BC). Implantada em novembro de 2020, a tecnologia facilitou as transferências bancárias pelo celular.
Até junho de 2022, segundo levantamento do Banco Central feito a pedido da Tribuna, quase 1,7 milhão de transferências foram feitas nos dois municípios com essa ferramenta.
Apucarana registrou no período 914.974 operações pelo sistema, somando R$ 541 milhões, enquanto Arapongas contabilizou 775.694 transferências via PIX, com valor total de R$ 534,3 milhões.
No Paraná, o montante total foi de R$ 667 bilhões via PIX, com 800 milhões de transferências realizadas. Segundo o Banco Central, em todo o Brasil, mais de 16,4 bilhões de operações ocorreram pela nova tecnologia, movimentando R$ 17,5 trilhões desde novembro de 2020.
O PIX, sem dúvida, caiu no gosto das pessoas pela facilidade de realizar os pagamentos. O sistema disponibiliza transferências instantâneas a qualquer momento do dia, de graça. Por outro lado, a tecnologia trouxe consigo os riscos de golpes e outros tipos de crimes, o que exige atenção dos usuários.
Democrático, o PIX é utilizado por todo o tipo de pessoa, desde aquele que compra um aparelho eletrônico mais caro até pelo morador que usa a ferramenta para pagar um simples pastel.
A apucaranense Edna Mileski, por exemplo, trabalha com a venda de salgados há cerca de 10 anos. O PIX virou a principal forma de pagamento no negócio em que ela atua. “O PIX facilitou a vida, porque trabalho, muitas vezes, sozinha. Estou mexendo com os salgados e daí a pessoa faz o pagamento e (o dinheiro) cai diretamente na conta”, afirma, observando que, além de tudo, não tem taxa de cobrança.
A gratuidade também agrada a Roseli da Silva Gravena, dona de uma barraca de cachorro-quente no centro de Apucarana. “Não tenho opção de cartão (crédito ou débito). Então, o PIX foi a melhor coisa que aconteceu, porque as pessoas fazem o pagamento do lanche utilizando essa modalidade”, explica. O único problema é quando o sistema está lento ou fora do ar. “Já aconteceu de eu ficar sem o pagamento por conta disso”, lembra.
Na rotina diária, as pessoas gostam da praticidade. Amanda Carvalho diz que usa sempre essa tecnologia para fazer suas compras e pagamentos. Jéferson de Souza Matias, da mesma forma: “Utilizo bastante. Ficou mais prático para fazer as transferências. Até mesmo para uma pessoa receber por um serviço. Não tem esse negócio de esperar descontar o cheque. O pagamento cai na hora”, afirma.
(Texto Fernando Klein, com reportagem de Lis Kato) – TNOnline