Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e investigado na Operação Zelotes, é suspeito de ter recebido dinheiro não só do suposto esquema de compra de MPs (Medidas Provisórias), mas também do negócio que selou a compra de 36 aviões-caça da empresa sueca Saab para a FAB (Força Aérea Brasileira).
As investigações apontam que o filho do ex-presidente recebeu R$ 2,5 milhões em pagamentos.
A suspeita é da PF (Polícia Federal), para quem Lula prestou depoimento, no qual classificou a suspeita como “um absurdo”. As informações estão no site do jornal O Estado de S.Paulo, que teve acesso a depoimento de Lula.
Em depoimento à PF e aos investigadores da Zelotes, o ex-presidente negou que os repasses a Luís Cláudio eram “alguma contraprestação por serviços prestados” por Lula “à Saab para que essa viesse a vencer a concorrência para a compra dos caças”.
A fala de Lula consta na transcrição do depoimento à PF, no qual o ex-presidente “nega veementemente e considera essa hipótese um absurdo, já que nunca teve atuação relacionada a esse assunto”.
O delegado federal Marlon Cajado também questionou Lula sobre os supostos repasses de dinheiro para Luís Cláudio como compensação da “elaboração de medidas provisórias por ele, enquanto presidente, ou para influenciar em ‘vetos’ e ‘não vetos’ a emendas em medidas provisórias”.
Lula disse se tratar de “outro absurdo, uma vez que as medidas provisórias seguiram todo o trâmite regular dentro do Poder Executivo e foram aprovadas pelas duas Casas no Congresso Nacional”.
No final do seu segundo mandato, em 2010, Lula disse que conversaria com Dilma sobre o assunto: “É uma decisão importante, daquelas que não posso tomar sozinho, faltando um mês e meio para terminar meu mandato, porque é uma decisão de longo prazo”.
O negócio do governo federal com a Saab para a compra dos caças começou no governo Lula, mas foi finalizada no governo Dilma.
Fonte: R7