Influenciadora e cantora Jojo Toddynho passou pelo procedimento. Médico do HONPAR explica para quem é indicado
A cirurgia bariátrica voltou ao centro da discussão depois que a influenciadora digital e cantora Jojo Toddynho revelou na internet ter feito o procedimento com o objetivo de emagrecer, após chegar a mais de 160 quilos. Antes de ser submetida ao processo cirúrgico, ela precisou perder 20 kg.
O médico cirurgião bariátrico do HONPAR, Dr. Rafael Cassarotti, explica que a definição de quem pode fazer cirurgia bariátrica é feita com base em critérios que vão além da obesidade severa. São avaliadas outras complicações de saúde e certas características do paciente.
O procedimento só é indicado para pacientes que possuem algumas condições específicas, como Índice de Massa Corporal acima de 35 e também falhas em outros tipos de tratamentos para emagrecimento.
“O paciente que tem esse índice de massa corpórea acima de 35 aliada a comorbidades como diabetes e pressão alta e falhou no processo de emagrecimento natural, com acompanhamento nutricional e exercícios. Pessoas que têm o IMC acima de 50 já entram na fila para o procedimento sem a necessidade de outros tipos de tentativas de emagrecimento e também não precisam apresentar histórico de comorbidades relacionadas à obesidade. O excesso de peso aumenta muito o risco de doenças cardiovasculares como infartos e derrames cerebrais, por exemplo, que são ainda as principais causas de mortes no mundo todo”, explica.
O cirurgião detalha que são quatro tipos de procedimentos bariátricos no Brasil, mas dois são mais utilizados.
“Aqui no Brasil usamos as técnicas da Banda Gástrica; Bypass Gástrico; Gastrectomia Vertical; Derivação Biliopancreática. O Bypass Gástrico, gastroplastia com desvio intestinal em “Y de Roux”, é a técnica bariátrica mais praticada no país, correspondendo a 75% das cirurgias realizadas, devido a sua segurança e, principalmente, sua eficácia. Quando é feita a redução do estômago a pessoa tem a alteração de alguns hormônios que geram a fome, então o paciente vai comer menos e vai ficar saciado mais rápido, porém é passada uma dieta de qualidade para o paciente, os primeiros dias sem nada sólido e posteriormente alimentos ricos em proteínas. É importante destacar que se o paciente voltar a comer errado como ele comia, a chance dele ter ganho de peso é enorme”, alerta.
Consequências da obesidade na saúde feminina
Além da parte cardiovascular que a obesidade traz, as mulheres têm um agravante, geralmente ela ocasiona o surgimento de ovário policístico e resistência à insulina, o que pode dificultar a mulher no processo de gravidez.
“A cirurgia bariátrica é indicada para as mulheres que estão com obesidade e desejam ser mães. Nestes casos elas passam pela intervenção cirúrgica e após o emagrecimento conseguem engravidar com maior facilidade, detalha o cirurgião.
Procure um profissional
O acompanhamento médico é essencial em todas as fases do tratamento para obesidade. Sempre busque a ajuda de profissionais especializados e com qualificações comprovadas para entender seu caso e receitar o tratamento mais adequado.