Líderes petistas no Congresso e membros do Palácio do Planalto estão preocupados com a manobra acertada no PMDB com setores da oposição de adiar para o ano que vem a mudança na meta fiscal de 2015, o que abriria uma nova frente na batalha pelo impeachment de Dilma Rousseff. Segundo a Folha de S. Paulo, o governo ainda não consegue suportar a alteração da meta e as pedaladas fiscais condenadas pelo Tribunal de Contas da União.
Por esses fatos, ninguém entendeu a decisão da presidente de antecipar sua defesa ao Congresso contra a acusação das pedaladas. Isso poderia ser feito até março de 2016. Parece que os líderes governistas Delcídio Amaral, José Pimentel e Humberto Costa, todos do PT, não aprovaram a estratégia. Eles sequer compareceram à cerimônia de entrega da defesa de Dilma.
Quem ganha com o adiamento da análise das contas de Dilma é o presidente do Senado, Renan Calheiros, pois faz com que sua margem de pressão sobre o Palácio do Planalto aumente ao conduzir o processo por mais tempo.