Integrantes do Movimento Tarifa Zero fizeram no início da noite de ontem um protesto em frente à Prefeitura de Arapongas. O grupo questionou o acordo que está para ser firmado entre o prefeito Sérgio Onofre da Silva (PSC) e a Viapar, que administra a BR-369. A negociação, que deve ser decidida amanhã em reunião na sede da concessionária em Maringá, prevê um pacote de obras na ordem de R$ 15 milhões no município e desconto na tarifa para quem usar diariamente o trecho. Em contrapartida, a Prefeitura assume o compromisso de manter o acesso à Rua Rabilonga-Vermelha, que é uma extensão da Estrado do Ceboleiro, fechada.
O “Tarifa Zero”, que integra moradores de Arapongas e Rolândia, pede desde o início deste ano a isenção da tarifa para os motoristas das duas cidades e a abertura da Estrada do Ceboleiro, usada como desvio da praça de pedágio. No ato de ontem, que reuniu cerca de 200 pessoas no pátio do Estádio Augusto Zin, manifestantes argumentaram que as benfeitorias prometidas pela Viapar já deveriam estar inclusas no cronograma de obras. “Quem garante que a Viapar irá cumprir o acordo firmado? Essas obras deveriam estar no cronograma da concessionária diante do valor deixado no pedágio. Além disso, o contorno, que estava previsto, até hoje não saiu”, questiona o empresário Luiz Moreno, de Arapongas.
Ainda na avaliação do Moreno, tanto a cobrança do pedágio quanto o fechamento da estrada rural ferem o direito constitucional de locomoção. “A implantação da praça de pedágio já feriu o nosso direito de ir e ir. Agora, querem impedir também o nosso direito de ir e vir na Rua Rabilonga-Vermelha”, reclama. A também empresária Simone Carvalho, que tem lojas nas duas cidades, reclama do valor cobrado pela concessionária. “Deixo, no mínimo, R$ 400 por mês na praça de pedágio para usar menos de 2 km. Acredito que o valor da tarifa poderia ser mais justo, no mínimo”, defende.
Sobre o acordo, a araponguense também tem dúvidas quanto à execução das obras. “Não acredito que a Viapar irá investir um valor maior que o previsto no município. Esse contrato não trará nenhuma vantagem”, acredita.
Integrantes do Movimento Tarifa Zero, de Mandaguari, estiverem presentes. “Para que o movimento tenha sucesso é preciso a união da população. O movimento tem que ser de todos os setores da sociedade”, afirma Alessandro Capoia, de Mandaguari.
O prefeito Sérgio Onofre acompanhou parte da manifestação e garantiu que o movimento não tem em sua base o povo, mas no interesse político.
Com informações TNonline.