Prefeitos que integram a Associação dos Municípios do Médio Paranapanema (Amepar) realizaram na manhã desta quinta-feira (23) em Londrina a segunda reunião extraordinária da entidade. O evento teve a presença do secretário do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), Valdemar Bernardo Jorge, e dos deputados estaduais Tiago Amaral, Tercílio Turini e Cloara Pinheiro. O secretário explicou que a Sedest é fruto de um desmembramento da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo. Ela atende o compromisso do Estado em continuar a ser o mais sustentável do Brasil, dando sequência aos projetos já desenvolvidos em parceria com organismos internacionais, a União e os municípios voltados aos cuidados com o meio ambiente e as mudanças climáticas.
Aproveitando a presença do secretário e dos deputados, os prefeitos debateram uma pauta voltada para a sustentabilidade. Entre os assuntos, houve a apresentação da Usina Natureza Limpa, desenvolvida em Unaí, MG. A apresentação esteve a cargo do diretor-presidente e CEO da empresa Natureza Limpa, Mário Martins. Pelo projeto, antes de virar energia o lixo é transformado em carvão vegetal.
Todo o processo começa nas ruas de Unaí. Parte dos resíduos sólidos coletada é levada no caminhão até a usina. O lixo é despejado num silo, do jeito que foi retirado pelos lixeiros. Ele é transportado em uma esteira até o autoforno, onde é carbonizado a uma temperatura que pode chegar a 800º.C. Tudo é mecanizado, sem contato manual.
Outro assunto debatido foi a atenção para os animais de rua (cães e gatos), a gestão dos canis municipais e a parceria dos municípios com o Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Em vários municípios, os abrigos para animais de rua resultam em despesa que se tornou pesada para as prefeituras.
“O problema dos animais de rua recai sobre as prefeituras e nem todos os prefeitos dispõem de recursos para a solução”, afirma Sérgio Onofre, prefeito de Arapongas e presidente da Amepar. Na opinião dele e de outros prefeitos, como a questão envolve saúde pública, os governos estadual e federal também deveriam participar da solução.
