Desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira, (24), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Núcleo Londrina, em conjunto com a Receita Federal, deflagrou a segunda fase da Operação Falsa Impressão. A operação tem o objetivo de combater uma organização criminosa suspeita de utilizar empresas de fachada para emitir notas fiscais falsas, com a finalidade de acobertar o transporte irregular de mercadorias contrabandeadas e descaminhadas.
O Gaeco cumpre na cidade dois mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão, cuja execução conta com a participação da Receita Federal. Além de Apucarana, a operação também ocorre na cidade de Medianeira.
Na primeira fase da Operação Falsa Impressão, o foco foi o contador da organização criminosa, que recebia vantagem financeira para criar cada empresa de fachada em nome de “laranjas”. Aquela investigação iniciou com apreensões de mercadorias realizadas pela Receita Federal, nas quais foram encontradas notas fiscais com indícios de irregularidade, identificando mais de uma centena de empresas fictícias.
O foco da Operação Falsa Impressão – Fase II – recai sobre os suspeitos de serem os líderes da associação criminosa, identificados como os contratantes dos serviços prestados pelo contador. Os investigados seriam responsáveis por aliciar os “laranjas”, geralmente moradores de rua e pessoas carentes. Assim, empresas eram criadas em nome dessas pessoas para, entre outros objetivos, acobertar o transporte de mercadorias ilícitas por meio da emissão de notas fiscais em nome de empresas inexistentes de fato.
Estima-se que os investigados tenham causado prejuízo de aproximadamente 250 milhões de reais com notas fiscais emitidas por essas empresas inidôneas nos anos de 2022 e 2023.
Participam da operação 6 auditores fiscais da Receita Federal, 4 analistas tributários e 13 integrantes do Gaeco.
Informações: TNOnline