Tanto a Situação como Oposição, na ânsia do “puxar a brasa para suas sardinhas”, jogam na mídia, como justificativas de ações, argumentos que destoam da verdade.
A guerra de bastidores que está sendo travada no sentido de aprovar ou arquivar o processo de impeachment, que tramita no Senado, faz com que a oposição destaque a possível presença de Temer na presidência da Nação, como um ato de pacificação do quadro político e financeiro que estamos vivendo. Assim, oferece a impressão de que o vice-presidente será capaz de, em um breve espaço de tempo, recuperar o quadro falimentar do País, com adoção de mudanças estratégicas. Esse fato, na verdade, se mostra impossível de acontecer, posto a trágica situação econômico-financeira que vem acarretando problemas de toda ordem.
Um novo governo, com Temer à testa, ganhará no máximo alguns poucos meses de esperança, até que o povo reconheça a impossibilidade disso acontecer como um passe de mágica, para normalidade esperada ser garantida. A partir disso, o governo passará a enfrentar mais um período de pressão popular até 2018, quando teremos um novo processo eleitoral.
Por outro lado, a Situação, em defesa própria, tenta jogar para o povo a inverdade sobre golpe, com o uso da alegação que, em caso de posse de Temer, o Brasil será presidido por alguém que atingiu zero voto nas últimas eleições. A verdade é que Temer, como vice-presidente da chapa vencedora, teve os mesmos 54 milhões de votos garantidos por Dilma, posto que a vitória foi da chapa casada, onde o eleitor votou na composição e não, apenas, na presidente. Caso o PT tivesse concorrido em faixa própria, será que teria alcançado esse percentual de votação?