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Cunha e governo disputam controle da comissão sobre impeachment

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O Planalto e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estão disputando cargos de comando da comissão especial para controlar o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que elaborará parecer pelo arquivamento ou abertura de processo contra a petista.

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, o núcleo da presidente quer evitar que seja produzido documento favorável ao impeachment e, por isso, articula com a base aliada a eleição de nomes pró governo federal.

No entanto, o presidente da Casa Legislativa também quer viabilizar deputados federais da base governista, que sejam seus aliados, apoiados pela oposição e defendam o afastamento da presidente.

Na segunda-feira (7), as siglas devem indicar os 65 membros da comissão e, no dia seguinte, irão eleger, em votação secreta, o presidente e o relator.

A Folha adianta que a maioria dos membros será de partidos da base aliada, mas isso não significa apoio imediato à petista, pois dentro de siglas que controlam ministérios há divergências em relação ao impeachment.

Segundo a publicação, Cunha iniciou na quinta-feira (3) uma articulação para indicar para a presidência o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), e para a relatoria o líder do PSD, Rogério Rosso (DF).

Além disso, cita a reportagem, os aliados do peemedebista negociam que o partido vote pelo arquivamento do processo de cassação do mandato de Cunha no Conselho de Ética. Como troca está o apoio para que o PTB controle a comissão.

Os aliados de Cunha também estariam tentando acordo com o DEM e o PSDB, para tentar salvar o mandato do presidente da Câmara. Na terça-feira (8), a sessão do Conselho de Ética ocorrerá simultaneamente à instalação da comissão especial.

Ainda de acordo com a Folha, o Planalto estaria defendendo a indicação do deputado federal Paulo Magalhães (PSD-BA) para a presidência da comissão especial. Isso porque ele é aliado do senador Otto Alencar (PSD-BA), e tem boa relação com o ex-governador da Bahia e ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. Magalhães também e já saiu publicamente em defesa do mandato da petista.

Fonte: Notícias ao Minuto

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