Fortalecendo as ações de prevenção e combate, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Controle de Endemias, tem investido na instalação das chamadas “ovitampas” – espécie de armadilha para capturar os ovos do mosquito Aedes aegypti. De acordo com um relatório atualizado, nas últimas quatro semanas, 894 ovitrampas foram implantas em diversas regiões de Arapongas; usando como critério de escolha os pontos com maior número de pessoas infectadas pela dengue.
Entre os locais constam: Vila Araponguinha, Conjunto Flamingos, San Raphael (do 1 ao 5), Conjunto Águias; abrangendo também o Parque Industrial. Os serviços são em parceria com a Fiocruz. “ Essas armadilhas são utilizadas como instrumento para o monitoramento populacional do mosquito causador da dengue.
Nossas equipes realizam o raio e bloqueio desses locais com maior propensão à desova das fêmeas. Após a instalação, nós fazemos a leitura e contagem das palhetas positivas para a eliminação, junto à Fiocruz, que tem sido grande parceira neste sentido. Esta metodologia tem sua eficiência comprovada e estamos avançando neste sentido”, disse o coordenador do Controle de Endemias, Valdecir Pardini. A ideia é de que novas ovitrampas sejam implantadas em outros bairros, criando um maior monitoramento em toda a cidade. Pardini ainda salienta a importância da atuação dos agentes de combates às endemias e cooperação da população. “ O combate ao mosquito não se faz sozinho.
Temos equipes de ACE’s por toda a cidade, fazendo todo o mapeamento, bloqueio e fiscalização. Ou seja, um trabalho em campo específico e importante. Contudo, é válido reforçar que a população deve estar atenta e colocando em prática ações de prevenção e combate”, salientou.
Neste ano, trazendo como foco central serviços essenciais no combate à dengue, a Prefeitura de Arapongas realizou I Encontro Regional Antivetorial, que reuniu representantes da Fiocruz, agentes de combate às endemias (ACE’S) de Arapongas e também de municípios vizinhos que integram a 15ª e 16ª Regional de Saúde, agentes comunitários de Saúde (ACS’s) e demais profissionais da área.
DADOS EM ARAPONGAS
Segundo o boletim epidemiológico desta quarta-feira, 30, Arapongas registra 512 notificações; 10 casos confirmados de dengue; 497 casos negativos, cinco em investigação e nenhum óbito.
NO PARANÁ
De acordo com o boletim epidemiológico nº 16, divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o Paraná registra 137 novos casos de dengue, com 1.675 confirmações, 22.133 notificações e três mortes pela doença. Os dados são referentes ao período sazonal da dengue, iniciado em 31 de julho de 2022.
Além da dengue, o mosquito Aedes aegypti também é responsável pela transmissão de zika e chikungunya. Durante este período não houve registro de casos de zika e dois casos de febre chikungunya foram confirmados, ambos importados.
FONTE: SESA
VOCÊ SABIA?
As ovitrampas simulam o ambiente ideal para a procriação do Aedes aegypti: um vaso de planta preto é preenchido com água, que fica parada, atraindo o mosquito. Nele, são inseridas uma palheta de madeira (Eucatex) que facilita que a fêmea do Aedes coloque ovos.
Dessa forma, os agentes de endemias conseguem observar, de maneira mais rápida e eficiente, a quantidade de mosquitos naquela região e aceleram as ações de combate ao mosquito, sem que o inseto se desenvolva.
O equipamento fica no local por um período de sete dias, e enviado ao laboratório de Entomologia para contagem dos ovos. A cada semana a palheta de madeira é substituída. Pela quantidade de ovos, ou ausência deles, a Prefeitura saberá se há fêmeas com foco no raio de nove quarteirões da armadilha, gerando gráficos e mapas para aplicação das medidas de controle.
Prefeitura de Arapongas