Não é fácil prever eventos astronômicos em curto prazo de tempo. Mas uma equipe de cientistas dos EUA diz não ter dúvidas de que em cinco anos ocorrerá uma colisão entre estrelas que será visível a olho nu, para alegria dos admiradores do céu noturno.
Assim, no ano de 2022 (alguns meses antes ou depois), um brilho intenso, maior que o de qualquer outra estrela, poderá ser observado. O clarão será fruto da colisão e fusão de uma estrela binária denominada KIC 9832227.
Esse sistema binário possui um brilho tênue que não conseguimos enxergar. Mas, no momento do choque, ele ficará 10 mil vezes mais intenso. Será uma nova estrela, visível temporariamente na constelação de Cisne.
O par que explodirá é estudado desde 2013 pelos cientistas. Ao longo desse período, a dança da morte entre as duas estrelas foi bastante documentada, permitindo grande certeza nas previsões.
Nas pesquisas, os cientistas descobriram que a velocidade de órbita do ponto estava ficando cada vez mais rápida, o que indicava a existência de duas estrelas se aproximando.
As estrelas estão tão próximas que já compartilham a mesma atmosfera (mais ou menos como na concepção artística acima). O comportamento da KIC 9832227 remete a outra estrela binária, a V1309 Scorpii, que também tinha uma atmosfera combinada, girava cada vez mais rápido e explodiu inesperadamente em 2008.
Ao explodir, o par formará uma “nova vermelha” –fenômeno caracterizado pela fusão de uma estrela binária. Os pesquisadores dizem que continuarão a monitorar a KIC 9832227 para ter certeza sobre o momento do choque, previsto para daqui cinco anos.
Até lá, astrônomos amadores também poderão estudar a colisão, medindo a flutuação do brilho da estrela binária, que ocorrerá em frequência cada vez maior. E no momento mais esperado, todos nós poderemos apreciar o show.