A Defesa Civil do Paraná divulgou nesta semana uma cartilha para orientar os prefeitos eleitos a trabalharem de forma organizada a prevenção e o gerenciamento de respostas diante de eventos extremos, como alagamentos, estiagem e grandes tempestades. O documento serve para que as Defesas Civis constituídas nos 399 municípios paranaenses acessem os sistemas tecnológicos do Estado e da União para acelerar o acesso a dados, trâmites para a liberação de recursos e recebam orientação técnica.
A cartilha foi idealizada pela Defesa Civil e organizada com apoio da Secretaria da Comunicação Social e da Cultura. Ela responde a um desejo da Secretaria Nacional de Proteção Social e Defesa Civil para a continuidade dos trabalhos de mitigação e planejamento nos entes municipais, e será encaminhada aos novos mandatários ainda este ano.
“O Paraná tem sido um exemplo para nós. Uma prova disso é a cartilha. Fizemos um apelo aos estados ainda durante o período eleitoral para que preparassem um material para que os novos prefeitos assumissem já orientados como montar uma Defesa Civil ou como estabelecer uma estrutura mais robusta e técnica. Imediatamente o Paraná realizou e é o melhor documento do País. Usamos como exemplo, está ajudando outros estados a montarem as suas cartilhas”, afirmou o secretário nacional de Proteção Social e Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves, durante um evento no Palácio Iguaçu.
De acordo com o tenente-coronel Fernando Schunig, coordenador estadual de Defesa Civil, esse trabalho se soma a um projeto mais amplo que já está em andamento no Estado por conta dos desafios de 2020, com pandemia, crise hídrica, tufão bomba, epidemia de dengue e quase a nuvem de gafanhotos. “O ano foi desafiador em vários sentidos e mostrou que precisamos estar cada vez mais integrados, unidos e preparados. Teremos respostas mais rápidas e diminuiremos as nossas perdas se todos conhecerem a fundo os caminhos para melhor o atendimento à população”, destacou.
Segundo o tenente-coronel Mello, coordenador Executivo da Defesa Civil do Paraná, a ideia do documento é qualificar ainda mais o primeiro atendimento. “Queremos buscar mais qualidade, deixar as prefeituras e as defesas civis municipais mais aptas, com mais profissionais, e que atendam aos requisitos e aptidões necessários. A resposta local, que é sempre a primeira, precisa ser a mais condizente para orientar a população com segurança”, afirmou.
CARTILHA – A cartilha do Paraná é dividida em duas vertentes. Na primeira, ajuda os municípios a organizarem ainda mais as suas Defesas Civis a partir de gestão de riscos e desastres, identificação de comunidades vulneráveis, preparação de resposta e documentação necessária. Também cita a estrutura que deve ser implementada de pessoal e equipamentos.
O documento auxilia os entes municipais a utilizarem as bases estatísticas do sistema estadual de Defesa Civil, que tem histórico de ocorrências, as estruturas relevantes nos municípios, previsões de eventos adversos, monitoramento de tempo e das estações pluviométricas, hidrológicas e meteorológicas. A cartilha também orienta as prefeituras a manter o trabalho social e educacional junto às comunidades.
No segundo tópico está a explicação detalhada dos serviços oferecidos pela Defesa Civil estadual, como o sistema de emissão de alertas, o suporte documental e de profissionais especializados, ajuda humanitária e capacidade de atendimento em diversos municípios do Interior, capacitação profissional a distância (EaD), e orientação para elaboração de Planos de Trabalho, que são fundamentais para acessar recursos da União.