Um artigo científico de pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas da UEM, a Universidade Estadual de Maringá, publicado internacionalmente, cogita que os organismos de grávidas e lactantes que contraíram Covid-19 possam tornar os bebês suscetíveis, ao longo da vida, a desenvolver doenças cardiometabólicas, como doenças do coração, aterosclerose, câncer, colesterol alto, obesidade e diabetes. O risco também atingiria adolescentes afetados pelo novo coronavírus. De acordo com Lucas Paulo Jacinto Saavedra, doutorando do PBC, em outras infecções virais, por exemplo, zika e influenza, há evidências de que quando ocorrem durante a gestação favorecem um parto prematuro e baixo ganho de peso pela criança, situações preditoras para desenvolvimento de doenças cardiometabólicas. //SONORA LUCAS PAULO JACINTO SAAVEDRA// O estudo da UEM revisa a fisiopatogênese da Covid-19, ou seja, os mecanismos pelos quais ela ocorre. Discute, ainda, como essa doença pode provocar, nos próximos anos, “elevação da incidência de doenças cardiometabólicas, aumentando os gastos com saúde pública para tratamento destas disfunções”, preocupa-se Saavedra, orientando do professor Paulo Cezar de Freitas Mathias. Os pesquisadores se basearam no conceito de origens desenvolvimentistas da saúde e da doença, com investigação de artigos experimentais e epidemiológicos. Saavedra diz que o grupo da UEM atua no Laboratório de Biologia Celular da Secreção, coordenado por Mathias, onde investiga como os impactos sofridos durante as fases do desenvolvimento humano, por exemplo, são capazes de gerar consequências ruins à saúde do filho para o resto da vida. // SONORA LUCAS PAULO JACINTO SAAVEDRA// Mathias é um dos mais renomados pesquisadores da UEM, bolsista 1A de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. (Repórter: Flávio Rehme)
Bebês de mães com Covid-19 estão suscetíveis a doenças cardiometabólicas, segundo estudo da UEM
09/05/2021
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